Algumas ideias ainda devo a mim mesmo passá-las à forma escrita nos meus blogs, que é para isso que servem, senão para mais nada.
domingo, 30 de junho de 2013
• Eu, autista
É como me sinto. Como vou vivendo. Desligado de tudo. Como se um certo autismo se apoderasse de mim.
Arranjei uma expressão que julgo me define bem. Que é:
Desempregado da Paixão porque terminei há cerca de dois anos e meio uma relação união de facto que persistiu durante nove anos. E não voltei a viver em comum com ninguém desde então.
Não é fácil para um tipo como eu pegar em noves anos da história da nossa vida e amarrotá-los como uma folha em que se foi desenhando um rascunho tosco. Mas é-me imperioso fazê-lo.
Aquela que comigo viveu teve a sua maluquice a caducar. Tornou-se mais madura ao ponto de não poder estar mais ao lado de um cromo como eu. A minha personalidade exige uma grande dose de loucura para me compreender e me aturar.
Olhando friamente hoje em dia, esta minha última relação sentimental foi uma grande aberração. E toda a gente ao nosso redor o via excepto nós. Ou apenas eu. Tinhamos pouco em comum. Só talvez mesmo uma invulgar falta de juizo, que parecia inesgotável nos dois em simultâneo. Mas não o foi, da parte dela. O que ditou um final afinal tão previsível. Allah é grande!...
Agora encontrar outra doida igual não está fácil… Ou, já agora, porque não, de qualidade igual ou superior à que ela tinha. Afinal, não posso contentar-me com nada menos do que isso. Preciso de garantias bem seguras de que da próxima, se esta vier a existir sequer, resultará. Estou muito mas muito escaldado.
Assim, sou um namorado no desemprego de longa duração. E vou provavelmente continuar por muito tempo. É que também não devo interessar para o mercado das paixões. Apesar da procura neste mercado estar em crescimento e a oferta escassear.
Acresce a esta conjuntura sentimental toda o facto de eu também a nível profissional estar desempregado há pouco menos de meio ano. Não é muito, comparado com outras situações pessoais mais debilitadas, mas…
…o meu maior ponto fraco é que também estou, tal como disse atrás, Desapaixonado do Emprego. Ou seja, vou deixando de saber o que me encantaria fazer como profissão.
Já tive vários métiers, e muito apaixonantes. Professor do ensino secundário, engenheiro na área das energias renováveis, designer gráfico em departamentos criativos de agências de publicidade, formador de novas tecnologias, etc…
Hoje em dia nada disto me atrai grandemente. Ou ao menos como trabalhador por conta de outrém. Ou aqui no meu país, onde quase deixou de valer a pena como investimento na carreira profissional.
Dou por mim a acontecer-me isto: um porta-aviões yankee fundeia na barra do Tejo. E eu começo a sonhar ser um membro da imensa tripulação desse grande barquito. Sempre deveria poder caber lá mais um como eu. Mas depois não. O encanto dura poucos minutos.
Já sonhei ir para o frio da Antárctica, para uma qualquer missão científica numa estação polar. Já equacionei viver na orla do quente deserto arábico. Ou nas grandes urbes nascentes na imensidão das estepes asiáticas dos povos kazakhs e uzbeks. Já pensei tanta coisa e tão pouco madura!…
Algumas ideias ainda devo a mim mesmo passá-las à forma escrita nos meus blogs, que é para isso que servem, senão para mais nada.
O busílis é saber também quais os skills que ainda tenho e em que é que eu posso empregá-los a bem de uma comunidade. Acho que já não tenho jeito p'ra nada excepto talvez para escrever. E mesmo isso é altamente discutível. Porque a minha escrita tem uma produção que não se escoa gerando os seus leitores em número satisfatório, expectável ou desejável por mim.
Se calhar, o que eu mais anseio é ter um dia o dinheiro suficiente para abrir uma pequena estalagem e viver de explorá-la até ao fim dos meus dias. Em paz e sossego e longe da agitação do mundo actual.
"Desempregado da Paixão e Desapaixonado do Emprego."
Algumas ideias ainda devo a mim mesmo passá-las à forma escrita nos meus blogs, que é para isso que servem, senão para mais nada.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
• To life
So, everything is a gift. Either it gives us pleasure or pain. Pleasure distract and put us to sleep. Pain awakens us to reality.
Perhaps this is the reason pleasures are so ephemeral. And pains seem so enduring.
Will this pain of mine ever stop of being a gift? I don't know. I presume it all depends on me. On my ability of need no more such a gift. On having known how to grow and perfect myself with the pain.
Fortunately, my heart has its small pleasures to balance opposite sensations. Since it's soft, it takes just simple happenings to enjoy it. Like discovering there's a lot of souls like mine. In this whole world.
I speak of people that would wake up in the middle of the night and stare out of the window for hours. People who have a never ending thirst for knowledge. Mainly self knowledge. A deep reverence for life. And that love living life!
There's no greater love than that. The love for every gift life hands us.
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