domingo, 27 de março de 2022

• O meu Niniu

Nas palavras da minha filhota, escritas na passada quinta-feira e que reproduzo em baixo, poderemos perceber o que aconteceu…

“Rija e guerreira como só uma rafeira sabe ser.
No passado dia 06 de janeiro fez ela 18 anos...
E hoje tiveram, os humanos e a sua ciência, de a mandar embora, que ela não queria ir nem por nada!
Descansa em paz, melhor amiga, para sempre ❤️.”

Era uma cadela. Uma fêmea. Baptizámo-la de Nina. Mas sempre a tratámos como se um exemplar macho fosse. Por Niniu. Foi sempre um(a) companheiro(a) enorme. E eu fui adiando durante muito tempo o que se tornou há uns dias atrás não mais inadiável de todo. Uma ida ao veterinário. 

E tive de decidir por ela se era a hora ou não de abreviar a sua vida. A sua vida… e a sua dor.

Nessa mesma noite lá escolhi o seu humilde e rústico mausoléu. Onde tantas vezes passeámos, longe de todos e do mundo inteiro. Só eu e o meu Niniu.

E onde hei-de ir visitá-lo(a) de vez em quando. Porque o Niniu nunca partiu. Só está a descansar. E há-de reencarnar um dia.