quinta-feira, 28 de novembro de 2024

• Como o vinho do Porto

Hoje estava segurando a minha netinha no colo quando  de repente olhei quase de soslaio para um espelho que reflectia a nossa imagem de ambos e bolas...

Caramba, eu enquanto avôzinho sou um pão!!!…

Sou um gajo velho mas cada vez mais as good as corn. I’m sexy and I know it. Damn well.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

• Mais um aniversário

E eis que cheguei hoje com serenidade ao meu sexagésimo quarto aniversário. O primeiro em que o celebro sendo um avôzinho. E como órfão de pai e mãe. Mas ainda feliz da vida e agradecendo bençãos recebidas pelo universo, que prosegue conspirando em meu favor.

A ver até quando... I'm doing the right thing, ain't I?...

domingo, 29 de setembro de 2024

• Impressionado

No último post deste blog, o do passado mês, escrevi o meu epitáfio. Este mês de Setembro declaro-me impressionado com o percurso da minha actual existência terrena.

Não de facto que eu ainda esteja vivinho da costa. Não passei por nenhum conflito ou guerra. Ou andei na pesca do bacalhau na Terra Nova. Mas antes porque julgo conservar uma sanidade mental que terá resistido a duras provas.

E sinto-me hoje em dia com um bom estado de espírito, tal qual como eu refiro assim, num outro dos meus blogs

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

• My epitaph

Ontem escrevi o meu epitáfio. E creio que ficou de morrer a rir…

My epitaph

I think it's gonna rain the day I die
Let no one to cry, I don’t see why
But if it’s the sky to do it, that’s fine
Put people to read this poem of mine

Before passing away one of my last deeds
Will be to fill my pockets with some seeds
If you wonder why about the way I behave
It’s to allow sunflowers to grow on my grave

And don’t dare to say of me you had enough
Coz’ I’ll be back again one day to piss you off!…

Isto foi no âmbito dum cursinho online de escrita criativa. E o mote foi o tema “Rain when I die”, dos Alice in Chains. Que não é bem a minha praia, em termos de género musical, diga-se com toda a franqueza e en passant

E eu juro que não bebi nada!… Mas acho que um demónio qualquer baixou em mim durante a tarde. E me foi dando as rimas mais curiosas, a pouco e pouco mas em catadupa, para se encaixarem na perfeição para aquilo que eu queria expressar.

terça-feira, 30 de julho de 2024

• The unbearable lightness of being

Tenho este livro de Milan Kundera para ler faz anos. Não sei ainda em que consiste a trama desta novela. Mas o seu título adequa-se ao meu actual estado de espírito.

Sinto-me leve. Como uma pena. Sem grandes angústias a atormentar-me a alma. Deixando-me levar ao sabor do vento. Uma fase muito tranquila da minha presente existência. Tão calma que nem me tem despertado ânimo para escrever*.

Contudo, há que não adormecer devido ao marasmo. Tenho ainda que garantir a preservação dos meus livros, dos quais me encontro separado. E que cumprir uma promessa que a mim e a outro ser fiz há cerca de quatro anos atrás, bem no começo da maldita pandemia. E poder ver crescer o sangue do meu sangue.

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* E veja-se que vou em breve começar a frequentar uma formação online sobre Escrita Criativa. Para perceber o que me falta.

Para escutar a banda sonora original (ost) deste post, clicar aqui.

sábado, 29 de junho de 2024

• Pensieri

Por esta perspectiva creio ser o dono duma mente muito educadinha, benzódeus... Até tenho conseguido compreender pessoas mais velhas do que eu. Sendo que antes era raro em mim dar algum crédito a quem eu julgava preconceituosamente ter mais anos do que eu sem os ter plenamente vivido. Sem falar ainda de almas conservadoras, nos antípodas da minha.

Noto em mim que tenho ganho uma maior abertura e disponibilidade para escutar os outros. O que alguém que me é querido classificou como maturidade. Já não era sem tempo que a adquiro!...

sexta-feira, 24 de maio de 2024

• A vida na pré-reforma

Cheguei áquela fase da vida em que já posso ser considerado um idoso. Ou eufemisticamente, um sénior. Ou como soe dizer-se na Pindorama, um véio.

Passei a poder usufruir de passeios sénior, passe a eventual redundância. Porque já tenho mais de 60 primaveras. Ou no meu caso, outonos, estação em que vim ao mundo. Antes teria de esperar até aos 65 anos.

Aproveitei a boa vontade camarária de Odivelas e fui papar um almoço à borla. No passado dia 16 deste mês de Maio, maduro* Maio. No empreendimento turístico Quinta do Paúl, em Ortigosa, Leiria. Um raro espaço condigno para receber 10 (dez) autocarros expressos repletos de gente muito amadurecida**.

Um espaço muito generoso na sua amplitude. Albergou nesse dia mais de 500 (quinhentos) manducantes. Mas até que bem poderíamos ser o dobro.

Claro que para facturar este almoço - que eu ainda imaginei viesse a ser tão farto quanto um copo d’água dum casamento da filha dum burguês, mas não foi de todo - tinha de se gramar as lamúrias de velhos que estão sempre a contar a história da sua infância da sardinha que tinha de ser dividida por três***. Não disponibilizaram tampões para os ouvidos.

Claro que houve bailarico com um medley de música pimba. Mas vá lá, só para quem se quis voluntariar a queimar de imediato as calorias entretanto engorgitadas.

Mas bom, tudo correu bem, não houve mortos nem feridos. E depois do pézinho de dança trapalhona ainda houve direito a um lanche ajantarado, com sopa e mais uns petiscos.

Para o ano há mais mas talvez não me apanhem noutra. Há almoços grátis, sim, mas que ficam muito caros, porque tempo é dinheiro.


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* Agora entendo o que o Zeca Afonso queria dizer com este “maduro”. É o tal mês em que se realizam estes passeios sénior, sempre. Por conveniência de calendário. 


** Alguns, entre os quais me incluo, amadureceram uma beka melhor sem começarem a cheirar a podres ou tão-só fora do prazo de sanidade mental, digo eu…


*** Por dois ainda vá. Por três nunca percebi como se pode dividir irmamente uma sardinha. Um dos três, o mais azarado, fica com a cabeça, será assim?…

terça-feira, 14 de maio de 2024

• A vida segue dentro de momentos

Estou a viver de momento num quarto partilhado. Com mais quatro cavalheiros. Num flat com mais outros dois quartos, recheados cada um com três mancebos. Dá para formar uma equipa de ludopédio*.

Tudo isto na bela cidade de Loures, perto da Biblioteca Municipal José Saramago. Onde estou a escrever este post, num assim designado "Espaço Cowork". Magnificamente equipado, de resto. Deveria ser mais frequentado pelos cidadãos daqui.

Espera-se sempre que uma vivência tal seja temporária. Mas por vezes as coisas prolongam-se no tempo.

Se o universo conspirar a meu favor, quando eu voltar a ter o meu cantinho, talvez não deseje dum modo egoísta que este venha a ser só meu. Como estou a adquirir hábitos de viver em comunidade...

Farei como no Canadá. E assim talvez consiga aliar business with pleasure. E facturar. Duplamente. Eu mereço.
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* Football, para os mais desentendidos…

quarta-feira, 24 de abril de 2024

• Safod@!...

A partir de agora esta é a minha filosofia de vida: safoda!…

Cansei de ser bem comportadinho, sempre abominei quando pessoas dizem ser “God fearing” e quero mais é que o maldito do fisco e os seus funcionários vão todos pró cri!…

segunda-feira, 22 de abril de 2024

• Para quando eu e você?...

A minha missão enquanto cuidador informal da senhora minha mãe findou. Como já referi no post do passado mês.

Agora, pela primeira vez na minha actual existência, estou a viver sozinho. Com todo o tempo deste mundo só para mim mas sem saber o que fazer com a fartura deste. E o velho hábito de viver como que com uma grilheta presa nos meus tornozelos custa a ser esquecido. Continuo sem fazer grandes viagens fora do meu bairro. Embora pudesse fazê-lo.

Talvez o meu próximo destino será ir viver numa quinta de agricultura biológica entre Vila Franca de Xira e Arruda dos Vinhos. No meio de vários animaizinhos, tais como cães, gatos (em número de seis), porquinhos, galinhas, etc..

Mas o que  eu mais ambiciono era bater asas para bem mais longe. Onde a minha você está.

sexta-feira, 8 de março de 2024

• De luto

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. E faz hoje uma semana que a mulher que me deu a vida findou a sua.

Recordo-a nesta foto que se vê acima. Do seu casamento com meu pai. Uns dois anos antes de eu nascer.

É assim que a recordarei para todo o sempre. Como a mulher simples, bondosa e generosa que foi. Aliás, a generosidade será mesmo a característica que melhor a define.

Para as suas colegas de emprego era "a mulher da fava rica". Aquela que trazia uns bolinhos para todas à hora que pegava no batente.

Nesta foto está também uma dama de honor, uma prima minha, mais velha do que eu, como é lógico. Prima essa que à beira do caixão descendo à terra teve o impulso de me dar um abraço emocionado, como se em mim abraçasse também a sua falecida tia.

Já era esperado que minha mãe partisse, mais tarde ou mais cedo. Mas nunca nada, nada mesmo, nos prepara para uma partida como esta.

E no entanto, a vida até me proporcionou um ensaio para este momento de dor. Que já descrevi num post de outro dos meus blogs. Esse post pode ser consultado clicando aqui.

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Nota: a imagem alusiva ao Dia Internacional da Mulher em mandarim é toda uma outra private story que talvez um dia relate. Há no entanto uma alma neste mundo que compreenderá de imediato a dita alusão.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

• O valor do silêncio

Eu creio já ter chegado a essa última fase, a da valorização do silêncio em detrimento do ruído desnecessário. 

Mas a minha neta ainda nem pronunciou a sua primeira palavra. Quando ela puder compreender esta citação de Hemingway eu irei mostrá-la, para que ela não tenha - como eu tive - que esperar tantos anos até atingir esta sabedoria.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

• O casal perfeito

Talvez eu já tenha estado - ao longo da minha não curta actual existência - inserido num casal perfeito… Ou pelo menos, sem falsas modéstias, creio ser um conceito que venho dominando. Agora só faltará a parceira que comigo possa comprovar na prática a teoria adquirida de vários anos na busca da perfeita harmonia conjugal.