As mãos. As minhas. As outras. Tocam. Falam. Dizem. Mimam.
As mãos são maquetas dos nossos corpos. Representam-nos. Notem, caros leitores, que tantas vezes, com os dedos indicador e médio imitamos nossos dois membros inferiores. A andar. Ou estáticos.
Como nesta pequena foto que, como se costuma dizer, mão amiga* - e marota - me enviou um dia por MMS. Onde estes dois dedos seguram uma mecha de cabelo moreno.
As mãos de todos nós, além de serem miniaturas dos nossos seres carnais, devem até ter alma própria. Falo por mim, claro, pois as minhas bastas vezes interagem com outras de uma forma que julgo escapar ao meu controlo. Àquilo que o meu estado de consciência deveria ordenar-lhes fazer.
Como se estivessem em modo piloto automático. Ou então telecomandadas por seres divinos. Para os quais as minhas mãos serão meros instrumentos das suas vontades.
Mas tudo isto, afinal, para tão-só te perguntar se... não sei se consegues sentir a profundidade da minha amizade por ti, quando a tua mão eu pego com a minha e a levo aos lábios meus.
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* Nunca este lugar comum, "mão amiga", foi tão adequadamente usado por qualquer outro mortal meu semelhante.
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