terça-feira, 27 de novembro de 2012

• Amar (à minha maneira)

Eu amo o que está longe mas perto do coração. Eu amo o que até pode estar perto mas a sua memória tem de permanecer longe*.

Eu amo o que anda quase sempre longe, por esse mundo fora, mas um dia pode vir a ficar perto. Tão perto que é acolhido debaixo do meu tecto, para usufruir do repouso do guerreiro. Que modestamente possa estar ao meu alcance lhe poder proporcionar.

Como diz uma canção que se ouve amiúde por aí, hoje em dia:

"In this great big universe
We are the stars on Earth."

Eu amo o que sempre esteve e talvez para todo o sempre estará longe. E isso não fará de todo com que alguma vez deixe de amar. Ainda menos de lembrar.

Eu amo o que ainda está longe, tão longe que nem tenho a certeza se existe, de facto. Mas do qual já tenha pressentido o suave perfume da beleza, a captar só de soslaio a minha atenção.

E porque amo eu as estrelas?...

Antes do mais, porque são belas. E me iluminam na noite escura. E mesmo que a escuridão seja como breu, eu sei que estão lá. E tão-só essa ideia me serve de luz.

E finalmente porque um dia alguém que me é querido me ensinou que o melhor presente que se pode pedir neste mundo é…

Um CÉU cheio de estrelas.

E vós, caros leitores deste blog, a quem as minhas palavras possam cativar ou até aquecer um quiquito os vossos corações, vós sois uma das constelações mais bonitas do universo.

Outras tão belas quanto vós são as constelações de amigos - que me honram e alegram com essa sua condição - que tenho no facebook e outras redes sociais.
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* Já amei a minha própria estrela polar. Que num fatídico dia virou numa explosão celeste um quasar. E se revelou ser afinal bipolar. Ou tri-polar até… Não sei. É hoje um buraco negro. Ou talvez sempre o tenha sido, sem eu me aperceber.

Amar deve ser isto. Faz parte. É muito sonho, muita ilusão. Um dia somos "Oh, my God!", no outro somos "Less than Zero". Um dia subimos aos céus. E no outro, sem o podermos antecipar, descemos e assentamos os pés na terra. E depois juramos a nós mesmo nunca mais querer abandonar o solo das vacas e voar nas asas daquilo que me não lembro mas sei que é qualquer coisa onírica. Mas tá bem, tá… Uma vez que se toma o gostinho, de nada valem as juras.

Nota: Não sendo eu grande admirador da personalidade do escritor António Lobo Antunes, cheguei um dia a zombar dele, interiormente, quando este relatou que chorava copiosamente enquanto escrevia o seu último livro lançado. O céu castigou esse meu desdém. Bem feito! Ocorreu-me o mesmo enquanto escrevi este post num caderno de apontamentos, vivenciando um momento de ambiente frio.

2 comentários:

Luciana Izabel disse...

COMO EU GOSTARIA DE DOMINAR O IDIOMA INGLES PARA LER TODAS AS SUAS PALAVRAS...TRADUZI-LAS ME LEVARIA MUITO TEMPO, MAS ESTOU TENTADA A FAZE-LO.... QUEM SABE...
GIUSEPPE, O QUE VEJO AQUI É SÓ CORAÇÃO... É VOCE SE ENTREGANDO EM PALAVRAS PARA QUEM SE AVENTURAR PELOS TEUS CAMINHOS...
OBRIGADA POR ME PERMITIR LER SEU CORAÇÃO AQUI ENTREGUE...
BEIJINHOS

Giuseppe Pietrini disse...

Eu é que digo "Obrigado" por você ler meu coração, Luciana. Eu escrevo sobretudo para mim. Mas é claro que se houver outros corações que gostem do palpitar do meu, este continuará com mais força a bater.

E a minha escrita fará mais sentido quanto mais esta for prazeirenta ou até inspiradora para o maior número possível de almas. Senão será apenas vã.

Beijim! ;-)
Giuseppe