terça-feira, 28 de janeiro de 2014
• Ukwethembeka*
Li num blog que sigo regularmente, o shiuuu, e onde comento amiúde os segredos que merecem mais a minha atenção pela sua sabedoria ou que mais me fazem reflectir por uma instantânea sensação de absurdo esta confissão:
Para ler o segredo na íntegra, clicar aqui.
Porque talvez me tenha revisto um pouco no que outro homem revelou sobre si - não adiro completamente ao que ele disse -, este segredo levou-me a escrever isto que me veio á alma… Que em baixo se seguirá:
“Ninguém é perfeito. Ninguém, mesmo.
Quando começamos a amar alguém, esse ser vai-nos parecer à partida a perfeição em pessoa. Mas o tempo se encarrega de nos mostrar de novo, mais tarde ou mais cedo, que ninguém é perfeito. Fatalmente.
E é então nesse momento que surge aquela terceira pessoa, como que por acaso sempre, que não tem aquela imperfeição da pessoa que lá atrás começámos a amar. E fatalmente nos apaixonamos então pela terceira. E depois talvez por uma quarta. E uma quinta. E por aí adiante. Sempre porque ninguém é perfeito.
Atrás de nós deixamos um rasto de corações partidos ou desiludidos connosco. Outros também nos partem o coração, em retorno.... E a vida é assim. Não há nada a fazer. É o preço a pagar.
Amar uma só pessoa toda a nossa vida não é natural. Ficar amarrado a uma só paixão é como um navio transatlântico virar um cacilheiro. Há quem seja feliz assim... Mas será que isso é viver a vida ou será morrer um pouco para o mundo?...
Só quem tem necessidade de se sentir a amar e ser amado com grande intensidade e entrega sempre, ao longo de toda a sua vida, há-de compreender o que eu disse... os outros não.”
Esta primeira expressão do que me ia no pensamento terá mexido com algumas consciências… Que por razões que eu desconheço - que só poderão ser razões pessoais com as quais eu nada tenho a ver - terão resolvido desatar a tentar insultar as minhas opiniões.
Digo tentar porque sem sucesso. Bem sei se será gente que foi um dia amargurada por outro alguém e não por mim. Que também terei sofrido mais dores do que as que causei a outros.
Comprova-se. Pela qualidade dos comentários que a minha dissertação mereceu no shiuuu, eu tenho mesmo um pensamento muito distante do resto do rebanho. Embora isso me deixe quase completamente isolado, ao mesmo tempo faz-me sentir feliz.
Mas eu pergunto-me... Porque será que a expressão do meu pensamento, que procurei partilhar naquele blog terá ferido tantas susceptibilidades?... A ponto de acharem urgente destilarem tanto fel? A que se deverá isto, se não fiz mal a ninguém? Nem tenho nada a ver com quem quer que seja que lá comente... Só disse algo diferente do que os demais diriam…
Freud explicará, que eu não consigo... A sério que não consigo, mesmo! Mas sei que Einstein teorizou algo acerca duma dimensão infinita da estupidez humana.
Eu até talvez amaria não ter razão absolutamente nenhuma… E até julgo que sou capaz de amar as imperfeições nos outros, sobretudo quando estas são daquelas que eu também partilho. Que eu, tal como os demais, não sou perfeito. E como me é tão evidente essa verdade!…
Só que… ainda não encontrei quem me venha a convencer a ser fiel a 100%. Ou talvez até já tenha encontrado… Mas ainda não convivi tanto quanto desejaria com esse ser.
“Eu nunca fui fiel a ninguém. (…)
E nunca serei um homem de uma mulher só. (…)”
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* Fidelidade, ou faithfulness, na língua zulu.
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