sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
• O que todos queremos
Colo. É o que todos queremos, no fim das contas. Colo dado. Colo recebido. Segurança procurada. Protecção devida. Fusão inadiável. Inflamação eterna. Quietude insuplantável. Dor superada.
Nada mais importa. Nenhum comércio gera mais riqueza. Nenhum conhecimento produz mais saber. Nenhum trabalho é mais justificado. Nenhuma terapia traz mais saúde. Nenhuma missão é mais urgente.
E no entanto os homens tão depressa esquecem de demandar este desígnio divino. E se vão distraindo com a suja espuma dos dias. E protelam ad eternum o que lhes devia estar incutido como o essencial de toda a existência.
Pobres mortais, que tão mal avisados andam. Procrastinai tudo o resto menos o colo, ó bestas humanas!... O que será preciso que aconteça para vos despertar de todas as vãs acções em que permaneceis acometidos?… E que não vos acrescentam nada...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Gostei! E adorei a foto!
A foto foi de facto o meu mote para este texto, Sílvia. Qual florista, procurei fazer um arranjo verde, com palavras, para com estas à volta da imagem, compor um bouquet que tivesse algum valor estético.
Uma imagem vale mais que mil palavras, diz-se. Não cheguei a empregar nem quinhentas... A imagem continua a ganhar, com certeza.
Beijim! ;-)
Giuseppe
Enviar um comentário