segunda-feira, 20 de setembro de 2010
• E a Campanha Alegre continua*...
Este vosso candidato a Presidente da República é um de vós, meu povo. Sou como a maioria de vós um trabalhador assalariado por conta de outrém. E já começo a sentir tentativas de boicote desta candidatura por parte da classe do patronato.
Como podem compreender, só posso fazer campanha em dias de folga ou férias. Bem conhecedora desse facto que nos limita, a nós, escravos do trabalho, a minha entidade patronal urdiu-me esta asquerosa cabala que passo a relatar. Ao meu pedido de um período de 5 dias úteis de férias no início deste mês de Setembro, atribuiu-me primeiro os 3 últimos dias de Agosto como folgas e deixou-me ilegalmente em suspense até ao fim do horário de expediente do dia 31 de Agosto - num dia do meu merecido descanso! - só então me garantindo a informação de que as minhas férias haviam sido aprovadas. E ainda assim só 3 dias úteis, juntos a mais 2 dias de folga. Poderia ter tido um período de dias contínuo de gozo de férias mais alargado e sem stress....
Oh que porra, que a Santa Casa da MIsericórdia nunca mais me digna atribuir-me um prémio monetário chorudo, que venha a ter a valia como que de uma carta de alforria...
Mas arrumadas as questões negativas, vamos ao que é bom: Fui fazer campanha eleitoral para o centro do país. mais propriamente, para aquela cidade que deveria ser a nova capital do nosso Portugalito: a florida urbe de Abrantes.
Os meus detractores, que os deve haver por aí, já irão sem mais delongas posatar comentários do género: "quem vai para Abrantes, deixa Tomar atrás". E eu antecipo-me desde já a vós, meus queridos cabrõezinhos... Estraguei-vos a vossa piada.
Em quatro dias que aí permaneci nesta bela região, tratei de andar sempre a girar. Na foto no topo deste post, eis-me numa arruada - termo muito politicamente empregue nos tempos recentes e a que acho alguma gracinha - pelo passadiço sobre o rio Tejo ao lado da praia fluvial do Alamal, concelho do Gavião.
Não é que eu faça por passar incógnito ou sem incomodar muito as gentes autóctones, não. Aliás, uma campanha de um político que se preze tem de ser o contrário disso. O facto é que continuo a admirar-me de ainda ser muito fracamente reconhecido pelas multidões quando nelas me mesclo.
Outros locais que me dignei visitar foram a praia fluvial da Aldeia do Mato. E a foz do Zêzere em Constância, onde se é feliz dando umas belas cacholadas naquelas águas que já lavaram a bosta das ruas de muita aldeia a montante mas que são sempre límpidas e frescas neste nosso estio. Eu diria que são melhores que muita água benta de muita capela cristã...
A praia fluvial de Alvega, onde nos demorámos um pouco, estava cheia de carros topo de gama de famílias Romanis, provavelmente refugiadasa ali do fervor persecutório do presidente francês Sarkozy, quiçá...
A piscina de Alferrarede, quendo lá quisemos usufruir de um momento de lazer e relax absoluto, estava semi-ocupada por uma creche infantil. Mas enfim, os nossos pequerruchos têm mais direito à diversão do que este kota que vos escreve, raríssimos leitores meus. E um dia ainda vão votar em mim quando a idade legal lhes chegar.
Mas o nec plus ultra dos locais de lazer foi, sem dúvida, a piscina municipal da cidade desportiva de Abrantes!... Para a minha namorada abrantina, que a desconhecia, e para os outros que andam nesta vida como cão por vinha vindimada, fica a informação que se localiza atrás do Estádio Municipal e perto do campo de Baseball. Sim, leram bem, há um campo desse aberrante desporto americano em Abrantes. Vide a imagem em baixo. E ainda por cima é baratíssima, mas isso eu não devia dizer, não é?
O Aquapolis é uma obra municipal interessante para oferecer a fruição do rio Tejo aos abrantinos. Mas não me seduziu banhar-me no rio ali. Nem do outro lado, no Rossio ao Sul do Tejo. O que eu gostava era de experimentar canoagem ou windsurf um dia naquele espelho de água. Fosco.
Em termos de eventos, deambulámos pela Taça Cidade de Abrantes do achigâ embarcado. E depois partimos para outro happening mais animado, o LANfestival, na Abrançalha. Uma salganhada de raves, jipes em pistas de obstáculos de lama, jogos de PC em rede e campismo tipo festivais de verão de música techno. Tudo muito fixe.
Ainda fiz um jantar romântico só com o meu amor no mítico Sopadel.
Enfim, coisas modestas e pequenas, mas que na companhia ideal, de duas almas que se completam, constituem aqueles momentos de felicidade que desta vida levamos.
Até me esqueci de fazer propaganda eleitoral... ando a abandalhar-me. Assim, ainda corro o risco de não ser eleito à primeira volta e ter de gramar a chatice duma segunda!...
* O "Alegre" aqui nada tem a ver com o cabotino Manuel. É tão só uma paródiazita com o livro homónimo de Eça de Queirós, tá?
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