sexta-feira, 8 de outubro de 2010
• E a Campanha Feliz continua... (parte II)
Neste dia o meu director de campanha teve esta ideia brilhante: conquistar os meus eleitores um por um.
Afigurou-se-me à partida façanha difícil e a prolongar-se no tempo demasiado. E o tempo até ao dia das eleições - alguém me refresca a memória e me informa quando será esse dia em Janeiro de 2011, que agora não me recordo, claro, sff? - escasseia. Mas como não me apetecia mexer-me muito, pronto concordei.
Fomos então tentar empreender a boa acção minha do dia. Que consistiu em apoiar uma alma boa e merecedora, cuidando assim conquistá-la para a minha causa.
Escolhemos ao acaso um elemnento simples do povo, daqueles que tinham de estar de serviço nesse dia feriado. Arranjou-se assim uma digna senhora que ia saír de turno cerca da hora do lanche. E que teria depois uma longa e solitária caminhada até ao conforto do seu lar.
Este nosso povo que nos elege leva às vezes uma existência difícil e de sofrimento. Nesta campanha é que me estou a dar conta desta realidade nova para mim.
Mas não fomos apenas prestar-lhe um serviço que qualquer táxi lhe poderia proporcionar. Em vez disso, fomos entretê-la o quanto podiamos e sabiamos com a nossa companhia e inata simpatia - o meu director de campanha é um marketeer nato - o que até se revelou largamente devido e adequado para o target em questão.
Adorei a ideia de convivermos os três num lanchinho recheado a palavras de amizade. E de depois termos tido a iniciativa de, ao cair da luz solar, mostrar a uns bonitos olhos a beleza duma natureza domesticada: a do complexo do Belas Club de Campo, que é assim como que um dos melhores oásis no meio da antítese de deserto que a disseminação de betão nos subúrbios da grande Lisboa produziu.
E é também este o modelo de urbanismo que defendo para o nosso país. Quando for eleito, vou mandar arrasar todos os casebres indigentes e semear vários Belas Club de Campos pelo nosso território nacional. Seremos então finalmente a Califórnia da Europa.
Ao finalmente deixar esta alma boa perto do seu lar, não fiquei convencido de ter o seu voto assegurado. Mas em compensação, não me coibi de arrancar à força de um menino com birra o meu beijinho. E a bela eleitora confessou quedar-se corada com o meu pedido.
Mas ainda havia que fazer campanha eleitoral no resto das horas desse feriado. E por isso, lá foi o ensaio de arruada ser executado para o CascaisShopping. Malograda manobra.
O centro comercial estava quase vazio, estranhamente ou não. Também, andam p'rái a falar tanto de OEs e aumento de IVA para uns 23% - porquê um número primo? não seria mais avisado um quarto de uma centena, que dá azo a umas continhas mais facéis? - que a malta deprime e não sai e não gasta o guito e depois sempre quero ver onde é que o aumento do IVA vai render mesmo mais receita estatal.
Já dizia o Clinton, que não era nada burro, it's the economy, stupid! Já falei nesta temática num outro blog meu, o "Cidadania Rasca". O pessoal ainda não me ouve...
Bem, mas ainda deu para tratar de pormenores logísticos. A minha fotógrafa oficial adquiriu um acessório essencial à sua arte: um cartanito de memória SD de 2GB, o que lhe permitiu tirar uma foto oficial minha mais. Vide no topo deste post, sff. Onde pareço assumir a pose simbólica de Sidhartha Gautama de Kapilavastu.
Estranho mimetismo este, levando em conta que me encontrava num templo do consumo desenfreado....
Afigurou-se-me à partida façanha difícil e a prolongar-se no tempo demasiado. E o tempo até ao dia das eleições - alguém me refresca a memória e me informa quando será esse dia em Janeiro de 2011, que agora não me recordo, claro, sff? - escasseia. Mas como não me apetecia mexer-me muito, pronto concordei.
Fomos então tentar empreender a boa acção minha do dia. Que consistiu em apoiar uma alma boa e merecedora, cuidando assim conquistá-la para a minha causa.
Escolhemos ao acaso um elemnento simples do povo, daqueles que tinham de estar de serviço nesse dia feriado. Arranjou-se assim uma digna senhora que ia saír de turno cerca da hora do lanche. E que teria depois uma longa e solitária caminhada até ao conforto do seu lar.
Este nosso povo que nos elege leva às vezes uma existência difícil e de sofrimento. Nesta campanha é que me estou a dar conta desta realidade nova para mim.
Mas não fomos apenas prestar-lhe um serviço que qualquer táxi lhe poderia proporcionar. Em vez disso, fomos entretê-la o quanto podiamos e sabiamos com a nossa companhia e inata simpatia - o meu director de campanha é um marketeer nato - o que até se revelou largamente devido e adequado para o target em questão.
Adorei a ideia de convivermos os três num lanchinho recheado a palavras de amizade. E de depois termos tido a iniciativa de, ao cair da luz solar, mostrar a uns bonitos olhos a beleza duma natureza domesticada: a do complexo do Belas Club de Campo, que é assim como que um dos melhores oásis no meio da antítese de deserto que a disseminação de betão nos subúrbios da grande Lisboa produziu.
E é também este o modelo de urbanismo que defendo para o nosso país. Quando for eleito, vou mandar arrasar todos os casebres indigentes e semear vários Belas Club de Campos pelo nosso território nacional. Seremos então finalmente a Califórnia da Europa.
Ao finalmente deixar esta alma boa perto do seu lar, não fiquei convencido de ter o seu voto assegurado. Mas em compensação, não me coibi de arrancar à força de um menino com birra o meu beijinho. E a bela eleitora confessou quedar-se corada com o meu pedido.
Mas ainda havia que fazer campanha eleitoral no resto das horas desse feriado. E por isso, lá foi o ensaio de arruada ser executado para o CascaisShopping. Malograda manobra.
O centro comercial estava quase vazio, estranhamente ou não. Também, andam p'rái a falar tanto de OEs e aumento de IVA para uns 23% - porquê um número primo? não seria mais avisado um quarto de uma centena, que dá azo a umas continhas mais facéis? - que a malta deprime e não sai e não gasta o guito e depois sempre quero ver onde é que o aumento do IVA vai render mesmo mais receita estatal.
Já dizia o Clinton, que não era nada burro, it's the economy, stupid! Já falei nesta temática num outro blog meu, o "Cidadania Rasca". O pessoal ainda não me ouve...
Bem, mas ainda deu para tratar de pormenores logísticos. A minha fotógrafa oficial adquiriu um acessório essencial à sua arte: um cartanito de memória SD de 2GB, o que lhe permitiu tirar uma foto oficial minha mais. Vide no topo deste post, sff. Onde pareço assumir a pose simbólica de Sidhartha Gautama de Kapilavastu.
Estranho mimetismo este, levando em conta que me encontrava num templo do consumo desenfreado....
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