Desta feita fiz-me acompanhar pela minha mandatária para a juventude - é de praxe todo o candidato ter uma - por mor da minha sócia estar de baixa. E de esta já estar farta destas palhaçadas, e com toda a sua razão.
O meu staff eleitoral continua a dormir em serviço e eu lá continuo a não ser muito reconhecido pelas multidões nas quais me imiscuo. Começo a detectar alguns olhares curiosos, raros ainda, em minha direcção. Julgo por breves momentos que a mim se dirigem. Mas depois acordo e lembro-me que vou acompanhado por um sucedâneo bem conseguido da Monica Bellucci e fico chateado, pois claro que fico chateado... como o gajo dos Gato Fedorento.
Deambulei pelo Centro Comercial Oeiras Parque, por questão de alimentar a minha companhia desse dia, que se revelou pior que sustentar um burro a pão-de-ló. É que já estava a acontecer uma leve ultrapassagem horária do período dito normal de ir à quotidiana manjedoura. E os protestos eram iminentes...
Normalmente o apetite nas senhoras é inversamente proporcional ao seu coeficiente de esbeltez. No caso desta cachopa, uma brasileira fresca com sangue italiano na guelra, a proporção parece ser surpreendentemente directa...
Após o repasto, e como não havia pedidos a nós dirigidos de autógrafos, canetas ou isqueiros em número que justificasse uma presença demorada no local, debaixo de um indesejado tecto do referido Centro Comercial... rumámos então ao Parque dos Poetas, que lhe fica sobranceiro. E brincámos como duas crianças livres de stresses. Que isto das campanhas eleitorais é extenuante.
O tempo aí passado só me recordava umas estrofes que Almeida Garrett nos deixou, no seu livro "Folhas caídas". Num poema em que ele recorda uma tarde bem vivida em Cascais, cerca de 200 anos antes da nossa, e um pouquinho só mais ao lado, geograficamente falando. Como eram essas estrofes, perguntam-me? Chatos do caraças! Vá lá, eram assim:
aí foi um céu na terra."
Mas o cheiro a maresia era também cativante nessa tarde. Lá vamos de recomeçar um assomo de nova arruada pelo passadiço entre a praia de Santo Amaro de Oeiras e a piscina oceãnica de Oeiras.
A jornada política cansativa foi terminada no Centro Comercial Dolce Vita Tejo - estas empresas têm moralmente o dever de contribuir com subsídios para a minha candidatura, tal a publicidade que lhes faço neste blog tão acedido - com umas voltinhas pela H&M, Primark, Springfield, etc..
O orçamento da campanha estava a apontar para que o repasto vespertino fosse constituido de umas 2 simples bolas de gelado artesanal num copo... Mas a história do pão-de-ló sobreveio de novo e enchemos a malvada com una bella pasta, sorvida com muita satisfação. Estas zuquinhas são danadas para morfar...
E o gelado não foi substituido, mas antes tornou-se o complemento ideal de uma refeição tão prazeirosa quanto suculenta. No café da marca de chocolates Arcádia, do Porto, que vivamente recomendamos. Claro, ainda no Dolce Vita. Não, não rumámos tão depressa até à capital do Norte.
E assim se cumpriu a minha jornada política nesse dia santo.
Ah! Esquecia-me de relatar que entre Santo Amaro de Oeiras e o Dolce Vita, passámos pela residência oficial do meu progenitor e sua companheira eternamente dedicada, para lhe prestar a há muito devida reverência da minha visita, também oficial, e que foi um happening plenamente conseguido para todos os personagens envolvidos neste.
E para se perceber completamente a importância deste último evento, é necessário mirar atentamente um post anterior neste blog, intitulado "O Monstro precisa de amigos".
A seguir, aqui aparecerá o relato da jornada do passado feriado de 5 de Outubro.
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