domingo, 17 de junho de 2012

• A maior ilusão

É tarefa árdua entender o que é essa coisa do Amor…

Depois de reconhecermos que uma pessoa foi aquela que na nossa vida mais nos iludiu e durante mais tempo…

…como é possível que continuemos a amar essa pessoa?

Como é possível que a amemos até ainda mais, depois da ilusão desmontada? E que apesar da mágoa, lhe queiramos bem? E que a passemos a desejar, mais do que nunca?

Só vejo uma explicação racional para tudo isto: a ilusão, enquanto existiu, foi muito doce. E também muito bem vendida.

Hoje vejo que ser amado é um ideal. Ninguém ama ninguém. Todos nós podemos ter apenas a ilusão de sermos amados por outrém. Mas nunca o somos de verdade.

Eu vivi por um tempo longo - digo longo para o que me habituei nesta vida - a ilusão de ter sido amado. E tão bem essa ilusão me foi sendo administrada que eu não vislumbro quem quer que seja neste mundo que me possa, mais uma vez só, proporcionar um sonho tal, com a mesma intensidade. Que falar então de querer esperar melhor ainda… embora eu julgue que o mereceria.

E agora tenho de viver até ao fim dos dias que me restam com este paradoxo: depois de desvendar o mistério do Amor, já não vou poder mais amar ninguém. E sobretudo nunca mais me vou deixar iludir de que esteja a ser amado por quem quer que seja. Até por quem disse já me ter amado.

4 comentários:

Feliz disse...

Amigo! O amor não se explica: vive-se! Tens de libertar a mente! ;) E uma vez colocaste aqui uma frase de as palavras Osho (acho que é assim que se escreve) do genero: o sofrimento é uma passagem para a felicidade!

Giuseppe Pietrini disse...

Feliz, não fui eu que divulguei esse tal pensamento de Osho... mas não deixo de concordar com o que referes dele.

E tens razão! O amor não se explica: vive-se! Pois!... Enquanto o Amor existe. Quando o Amor acaba... ai não, que não passamos o tempo todo a tentar explicar o porquê do seu fim!!!...

E se tu ao menos soubesses como o céu me caiu em cima da cabeça... Se eu pudesse contar aos quatro ventos do terramoto que sofri... e as suas réplicas... e cujas ondas de choque ainda não amainaram assim tanto quanto seria normal... depois de mais de ano e meio do grande abalo... as pedras do meu caminho nesta vida talvez se apiedassem de mim.

Nunca hei-de escrever as minhas memórias. As pessoas simplesmente não iriam acreditar como alguém como eu pode alguma vez enganar-se tanto. E não desejar nenhum mal a quem me vendeu a maior ilusão e posterior decepção mor da minha existência.

Beijim! ;-)
Giuseppe
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Luciana Izabel disse...

TENS NOBREZA NA ALMA......
SE CHOREI OU SE SORRI... O IMPORTANTE É QUE EMOÇÕES EU VIVI, DIZ O REI EM UMA DE SUAS CANÇÕES...
NO TEMPO EM QUE JULGAVAS SER AMADO, FOSTES FELIZ... E É SÓ ISSO QUE DEVE IMPORTAR GIUSEPPE... ESTOU TE ESPERANDO UM DIA DESSES PARA CONVERSARMOS... QUEM SABE NO FINAL DE SEMANA PASSEMOS UMA NOITE A TECLAR...
BEIJINHOS

Giuseppe Pietrini disse...

Não acho completamente assim, Luciana...

Há finais que até podemos aceitar que venham... desde que percebamos como foi que não os vimos vindo na nossa direcção ou que compreendamos as suas razões. De outro modo, serão purgatórios eternos.

Beijim! ;-)
Giuseppe