domingo, 27 de novembro de 2011

• An essay on self-knowledge

I'm a lonesome wolf. And I'm tired of being lonesome for more than a year, now. But I'm not willing to cease to be lonesome by all means. In any way. It has to be with the best there is. In this whole world.

This is what I think of myself when I feel that I'm still a young guy, in my early fifties…

Other times, I feel I am just a Don Quixote. More pathetic even than the original one. Because my main goal is not the noble principle of the knights of the round table. To fight all evils of our modern times. It's more to find my Dulcinea... 

I had one. About ten years ago, she conquered my heart by telling that she, as a child, used to walk alone into the heart of mother nature, in the form of spring fields full of daisies. And made necklaces with these flowers, to adorn herself with those. As if she was a young fairy, with a shy little vanity in her own.

But I lost her. Most certain, irreversibly. With her, I lost as well my shield against the ugliness of today's world. So, I'm again in my perhaps foolish quest journey to find another one.

I have stepped into the discovery of the words of this new Dulcinea, a few days ago. Her perfect siren song captivated me… Here's how her lovely soul sounds:

"I love the sunrise and sunset. I see things you don’t. 
I love thunderstorms, and listening to puppies slurp up water. 
I love cherry lifesavers and french fries. I giggle a lot. 
Dogs chasing butterflies make me smile. 
Black and white pictures make me relax. 
Cooking gives me pleasure. I can't live without pasta. 
My favorite day of the year is when I can finally pick 
and eat ripe blackberries off the bush. 
I hate saying goodbye. And yes... my eyes will water. 
Just be real and loving."

My last Dulcinea left me and she sees me as an old man now. My self pride, naturally, forces me to try to deny her opinion. But if she is right, after all?… 

I'm not mentally ready to settle down. I deeply feel I'm still young. Even younger in mind, after we have split in two the path of our lives.

But that's me. I'm a dreamer. And I don't have anyone to help me put my feet back on the ground. Not even my personal Sancho Panza.

Eventually, I am the most lonesome wolf in this whole world!...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

• Non siamo soli*

Numa das planícies desertas do Novo México foi um dia construído um conjunto de 27 antenas de rádio parabólicas, dispostas no terreno em forma de Y, a que os seus insignes responsáveis chamaram VLA, Very Large Array. Cujo fim principal é o de perscutar e interpretar eventuais sinais radiológicos emitidos por seres ou formas de vida inteligentes extraterrestres. De modo a angariar provas científicas da sua existência.

Uma mui nobre missão e objectivo!…

Eu tenho outros objectivos mais modestos: procurar formas de vida inteligentes aqui na Terra mesmo. E, surpreendentemente, não me tenho dado nada mal…

Não tenho antenas parabólicas às dúzias, mas com um MacBook, ligação à net de dois ou três ISP's ao meu livre arbítrio, diversos browsers instalados e contas em múltiplos sites de redes sociais - e já agora, também estes meus blogs - têm permitido que cheguem até mim alguns seres humanos extraordinários. De todas as partes do globo terrestre. Fantástico…

Para quem levou um rude golpe a relembrar o que Einstein teorizou sobre a estupidez humana… Parece que as divindades lá vão velando para que eu não esmoreça de todo na minha fé nos meus semelhantes alegadamente racionais.

Talvez eu seja demasiado exigente. Ou cuidasse que encontrar os meus pares, aqueles com quem o convívio são, prazeiroso e estimulante fosse possível, fosse tarefa árdua. Do tipo da agulha no palheiro. O meu facebook têm-me, no entanto, surpreendido pela positiva diariamente.

Um dia destes, esta paródia de ser um candidato a presidente das Nações Unidas ainda se torna uma realidade à escala global. Tenho de me pôr a pau… Ou então começar a fazer o meu marketing social mesmo a sério. E ver no que isto vai dar.
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* Alusão a nonsiamosoli.com, um interessante portal internet de informação sobre ovnilogia e de um grupo de estudos internacional da mesma cativante temática.

Para escutar a banda sonora original (ost) deste post, clicar aqui. Um videoclip de um dueto em que a voz feminina é da filha caçula de uma das minhas mais queridas amigas do face... Se quiserem adivinhar qual, é só irem bisbilhotar lá, que eu deixo e até gosto. E já agora, comentai também nos meus blogs, ó gentes!…

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

• Amar es...

Y así lo digo a todos los que pueden estar escuchando a mí: hay que tenerlos en su sitio para amar.

Y sería muy conveniente que el coraje que se requiere fue muy bien repartido entre los dos que se están amando.

El amor es como una droga pesada. Nos volvemos adictos con bastante facilidad y sin tener plena conciencia de la evolución de ese proceso. Porque confiamos en que no nos hará daño, como lo puede hacer a los demás.

Pero todos sabemos muy bien cómo estas historias suelen terminar a menudo, verdad?...
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Para escuchar la banda sonora original (BSO) para este puesto, hacer clic aquí.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

• Perdi-Te

Tu, primeiro, foste para mim uma dádiva. Uma inesperada dádiva, que me caiu no colo, sem eu bem saber ler nem escrever… Sublime oferenda foste, também.

E continuaste sendo uma dádiva, até ao nosso último dia. Um pouco menos abnegada e generosa, mas sempre um presente dos deuses. Ainda que eu nem sempre te tivesse merecido.

No fim foste uma lição. A mais dura lição que nesta existência já levei. E não imagino que outra ainda mais dolorosa possa alguma vez mais vir a sofrer no espírito ou até na carne.

Não mais vou conseguir confiar na humanidade depois de ti. Mas não te recriminarei por tal. E até te serei grato.

Eu para ti uma dádiva fui também, sinto-o. Não tão grande quanto a tua o foi a mim. Não tão grande quanto o que cuidarias merecer. Não tão grande quanto o que de mim esperarias. E assim, de outras dádivas maiores foste em demanda. E as obtiveste.

Mas além da parca dádiva, também em curva descendente na escala do tempo escoado juntos, uma lição constitui para ti, desde o nosso debute. Talvez com a dureza doseada ao longo dos anos e não concentrada só no final. Mas não menos dura, concerteza.

Uma lição da qual não crês necessitar mais. Mas que, a meu ver, não se esgotou*. Só que nunca estiveste preparada para bem absorver qualquer ensinamento meu. E cada vez menos estás agora.

Há uma letra de um fado canção que reza assim:

Tu deixaste de ser minha
Não deixei de ser quem era
Por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera

Em mim tais verdades não se reflectem. Eu deixei de ser quem era, depois que me deixaste. Era forçoso, com a lição assimilada. Sou porventura até um ser humano melhor. Mas a um preço muito alto. E enquanto a minha primavera está a findar, a tua apenas começou.

Queria preservar uma pérola do que de nós restou. Uma amizade contra tudo e contra todos. Mas confesso que não sei como ser teu amigo. Porque tantas vezes, sem o saberes conscientemente, julgo eu, persistes sendo dura e ofendendo-me. E eu não to digo. Porque não posso dizer-to. E tu és inimputável e estás frágil.

Talvez ser o melhor amigo para ti seja deixar-te viver livre de mim. Para outras lições diversas vires a receber, de tua livre vontade. Como eu sei bem que é com o que sonhas agora. E como tal, vou desaparecer no mapa.
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* E nem a dávida minha para ti está esgotada, tampoco.

Para escutar a banda sonora original (ost) deste post, clicar aqui

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

• Love animal

Há actores que são animais de palco. Existem aqueles grandes animadores, extrovertidos naturais, a que vulgarmente chamamos de "party animals". Tivémos nesta terra um ou outro líder que nos governou que ficou com fama de animal político.

Eu creio ser aquilo que designarei de "Love animal"

Vivo a pensar em mais nada que no Amor. Nesta época atribulada em que coexistimos neste planeta, com a economia global em estado efeverscente, o que não pode deixar de contaminar a política mundial, resolvi divorciar-me da realidade que nos afecta a todos para me isolar no que me é quiçá tão essencial como o ar que respiro. Porque me sinto sufocar sem ter alguém do meu lado a quem amar.

"Sometimes, all I need is the air that I breathe and to love you". Quando eu era adolescente não me cansava de escutar esta canção dos Hollies, que para a minha alma funcionava como um hino. E hoje entendo-a tão bem na carne!…

Um exemplo eloquente do que digo ocorreu-me há dois dias. 

Viajava eu numa estrada, ao lusco-fusco. Ao longe vislumbrando na linha do horizonte as luzes da cidade grande da qual vinha em rota de aproximação. Cada uma daquelas milhentas luzes representando um lar. E em muitos desses lares, tantos me ditava a imaginação, se recolhia àquela hora uma alma solitária. Como eu. Para se proteger do frio da noite que caía, debaixo dum tecto e entre quatro paredes. Que ao menos isso possuia.

Já não teria, mais uma vez como eu, é a quem se encostar, para o seu corpo, bem como a alma, sentirem um pouco mais de calor reconfortante. E em leitos tantos se deitam sós demasiados corpos sedentos de algo que eu tenho dentro acumulado, desde que partilho esta condição de solitário com cada vez mais seres. Tanto calor humano de que disponho represado, para um dia desaguar em alguém… 

Bastas vezes são esses ditos corpos e as almas suas inquilinas detentores de beleza tal que os deveria proporcionar o mérito de serem não esquecidos sós e antes bem adorados. Julga assim a minha ínvia e fraca carne… a minha máscula sede, que poderia ser tão bendita a todas essas flores carentes de serem depositadas nessa estufa que um abraço aconchegado produz.

Por me assaltarem pensamentos tais é que me acho merecedor do rótulo de "Love animal". Haverá por aí tantos outros homens tão exclusivamente focados como eu no Amor?...

E além de não me distrair com mais nada a não ser com o querer dedicar a minha existência a amar - assim me habituaram nove anos junto com uma grande mulher, carente de receber abraços e de distribuir beijinhos a todos os que ama -, eu sou um bom ente calorífero, caramba!…

Antes de ser hoje desprezado, o meu ego era fartamente alimentado no seu orgulho com o epíteto de "vulcãozinho"!… Mas bolas!, até parece que quando findamos de constituir o "mais-que-tudo" de um só ser, é uma cidade inteira, todo um povo para quem já quedamos de ter valia. E então só nos apraz buscar quem nos volte a considerar dignos junto de forasteiros. 

Um dia encontrei na net um texto simples mas inspirador. Com o título "Necessito". Que pode ser lido integralmente clicando aqui. E do qual vou a seguir abaixo citar um excerto:

Necessito de um anjo...
Necessito de um namorado...
Necessito de um marido...
Necessito de um amante...
Não quero um amigo apenas;
Não quero apenas um anjo;
Não quero um amante e um marido;
Mas quero uma só pessoa que seja um amigo;
Anjo;
Amante e marido...

Creio reunidas em mim estas quatro qualidades. Em disponíveis quantidades generosas. E há toda uma procura vastíssima por aí, neste mundo imundo todo. Um imenso mercado à escala global, ávido do bem que detenho em largo stock

Breve vou enlouquecer se não houver aquela sobre quem escoar o Amor em conserva nas cavidades das minhas palpitantes aurículas e ventrículos! E no mais recôndito armazém de minha alma.

Em desespero de causa, já prescinderei de que os deuses me enviem um anjo. Um demónio servirá. Não tem de ser minha amiga. Até pode ser quem só me queira usar. Já não espero que me apareça a minha nova esposa. Talvez esta nunca mais venha até ao fim dos meus dias. Quiçá só venha a ter - e mesmo isso seria muita sorte - apenas alguns one night stands.

O que eu não posso deixar de rogar aos deuses é que estes ao menos me façam a oferenda de uma amante. 

E que esta seja como Afrodite. E que ela me puxe até eu me alcandorar até à sua mesma condição de ente divino.
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Para escutar a banda sonora original (ost) deste post, clicar aqui