segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

• Le silence et la paix

Les plus belles phrases d’amour sont dites dans le silence d’un regard.

C’est vrai. Et j'en ai fait l'expérience. Je pourrai vous parler des plus beaux yeux et sourire sur cette planète.

Mais ce n’est pas tout. Parfois un seul mot peut quand même aussi tout dire. Comme une simple ordre, dans la forme verbale d'un impératif “Relax!...”.

Suivi d'un câlin d'amis amoureux. Inattendu par celui qui le reçoit.

À ce moment là je me suis soudainement aperçu que j'ai jamais vu ni je verrai jamais un coeur si grand, noble et genéreux comme le sien. Comme celui de la maîtresse de mon pauvre petit coeur.

Tout le monde devrait savoir de l'éxistence de son sublime coeur. Parce que le monde a soif d'amour. Et elle est venu pour l'apaiser. Elle est l'amour, selon ces propres mots.

Pourtant, ce même monde qui a si besoin d'amour est le même qui peut tant nous blesser. Et pour cela...

Aimer, c'est donner à quelqu'un la paix que le monde enlève.

Et c'est ce que j'ai surtout essayé de faire. Et c'est ce que j’aurais envie de toujours faire, dorénavant. Pour effacer mes fautes.

Ainsi les anges peuvent me conduire.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

• 友誼*

Yes, pure friendship is indeed possible between a man and a woman. And I’ve felt it strongly very recently. 

So strongly that I even begin to wonder why love seems sometimes not to be so much possible. After all.
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* “Friendship”, in mandarin.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

• 爱是棘手的*

命运正和我一起玩游戏。 我正在接受一个真正棘手的测试。 我只希望我的这种宗教,爱,不会让我陷入完全的情感灾难。
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* “Love is tricky”, in Mandarin.

I better leave here in today’s post also the translation of what I intended to express, in English, just in case… I like to play in this multilingual blog with all languages in this world, even with those I don’t speak. Like Mandarin. Which is so graphically appealing. But I’m almost ever satisfied with the results Google Translate gives back to me. So, here goes:

“Destiny is playing games with me. I am being submitted to a truly tricky test. I only hope that this religion of mine, love, will not let me fall into a complete emotional disaster.”

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

• No problemo

I’ve been quite lucky lately. After a recent and long period of a few incidents, I think I can say I have regained a certain control of my life.

I don’t have today a single real problem. I only have a wish.

I wish I could have someone expecting me when I come back home. Or someone I would expect home for her.

I wish I wouldn’t have to sleep alone anymore. I wish I could see every single morning when I wake up a pair of eyes next to mine.

Like it did happened to me three years ago.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

• Chica enojada*

Please, don't be angry with me, girl. But when I took this photo, I was thinking about you. I always am.

it doesn’t matter how this world will turn. You are and always stay in my mind. Besides, there’s a lot of very simple things and facts that remind me of you, every single day.

You were probably right once, when you said our gathering was a mistake. Yours and mine. But I wouldn’t mind to repeat that very same big mistake again. And in a more lasting way.
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* Angry girl, in spanish, a language she started to learn.

Note: Angry Birds is a product of Finland. Of which the finns are so proud of it.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

• it's scientifically proven…

Funny statement… But will it always be a true one?… Sometimes I feel or I wish it was.

I did look her in the eye. And she said one fine day, when we were apart from each other, she missed my eyes staring at her. 

sábado, 18 de agosto de 2018

• My personal Cinderella

Nesta etapa da minha existência, não tenho ninguém que me queira e a quem eu queira de volta. Se é que alguma vez tive...

Mas tenho um ideal. Tal como qualquer príncipe tem a sua Cinderela. Eu sei como é - ou será - my personal Cinderella.

Não possuo nos meus armários um sapatinho de cristal com o molde perfeito do seu esbelto pézinho, como na clássica história infantil. Mas conheço e tenho na minha mente a imagem de como é o sapatinho que é o reflexo da sua alma mais profunda. 

Aquela alma de quem é addicted to love. Tal como a mais bela das cortesãs. Tal como eu mesmo.

Se acaso tivesse existido numa qualquer parte deste mundo dos deuses o equivalente no masculino ao que a nipónica geisha representa, eu seria um desses singulares seres. 

Se não tiver sido por mais nada, eu creio ter nascido - ter vindo a este planeta, dito talvez com mais prioridade - para fazer a mulher a quem toco o corpo e a alma sentir-se amada. Como nunca antes tinha sido. 

Haverá alguma outra missão na vida mais urgente e nobre?...

I’ve never been loved this way before”, disse ela um dia.

terça-feira, 17 de julho de 2018

• 25 anos...

E assim de repente, damo-nos conta que já passaram 25 anos ontem, dia 16 de Julho.

Não posso de todo deixar de assinalar este marco temporal. Apesar de tudo parecer ter sido fácil. Bem fácil. Bem natural.

E nada mais há a dizer. A não ser… que existe um erro gramatical neste meme. E agora sim, é tudo.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

• Idiopático

Ainda tão-só no post publicado no mês passado acreditava que andava com muita sorte… E agora já me apetece fazer uma resenha de alguns azares que me acometeram nestes últimos tempos.

Em Outubro passado, começo a sofrer dum quisto dermóide. Que me impede de continuar a conduzir. Sinto todos os buracos da estrada na coluna vertebral. Felizmente a perturbação lá desapareceu, tal como veio. Lentamente mas evitando ter sido necessária uma intervenção cirúrgica.

No princípio da época natalícia, caí numa escadaria e abri o pulso da mão direita. Padeci semanas a fio sem poder usar essa mão e esse braço. Cuidei que nunca mais iria voltar a ter a sua funcionalidade. Hoje lá a tenho. Mas não sei se poderei usar a força de braço da mesma forma como dantes. Talvez não. Mas pelo menos voltei a conseguir conduzir veículos com mudanças manuais. Menos mal.

Em Fevereiro descubro num rastreio que devo ser diabético. Daí compreender então a sensação de cansaço que me invadiu no verão do ano passado.

Por alturas do Festival da Eurovisão em Lisboa, ou seja, de meados de Abril a meados de Maio, veio-me uma crise de pernas cansadas e dores nos joelhos. Que entretanto amainou, quiçá com a ajuda de crioterapia, mas que sinto que pode a todo o instante ressurgir.

E agora bem recentemente, na quinta-feira da passada semana eis que de súbito acordo e vejo no espelho que tenho a boca torta. E a voz entaramelada. E solto lágrimas de crocodilo do olho direito. O lado da face que passou de repente - e sem que eu me pudesse aperceber disto vir no meu caminho - a sofrer duma paralisia facial idiopática, ou paralisia de Bell. Moléstia que médicos me afiguram que levará semanas até se debelar…

E neste derradeiro azarinho que desceu em mim ainda poderei crer ter tido algum golpe de sorte!… Pois a coisa podia ter sido bem pior. Como um princípio de AVC. Aliás, quando me dirigi às urgências do hospital mais próximo, ainda no serão dessa quinta-feira, a triagem feita achou por bem espetar-me logo, logo numa cadeira de rodas, não fosse dar-me um fanico nas horas seguintes.

Este incidente, no entanto, deixou-me com a cultura geral uma beka mais enriquecida. Com este novo termo para mim, idiopática… Que assaz me intriga.

Idiopático… Palavrão a tresandar que tem a mesma raiz que idiota… O Wiktionary.org elucida-nos que:

Do latim idiota (la), originado do grego antigo ἴδιώτης (idhiótis), "um cidadão privado, individual", derivado de ἴδιος (ídhios), "privado". Usado depreciativamente na antiga Atenas para se referir a quem se apartasse da vida pública.

Idiota eu serei, porque de facto me aparto da vida pública e cada vez mais me comporto como lobo solitário. Me comporto e me conforto nesse modo de vida.

Já na Wikipedia.org, voltando à vaca fria…

Idiopático: adjetivo usado primeiramente na medicina significando surgido espontaneamente ou de causa obscura ou desconhecida. Derivado do grego ἴδιος, idios (de si próprio) + πάθος, pathos (sofrimento).

Mas o que é isto “de causa obscura ou desconhecida”???… Então a tão desenvolvida medicina ocidental ainda tem estas pequenas lacunas do conhecimento?…

Tenho para mim - idiota que sofro de doença idiopática, que deliciosa coerência… - que a tal “causa obscura ou desconhecida” deve ser alguém - ou talvez mais do que uma pessoa… - ter uma boneca voodoo cá do rapaz!…

Toda esta sucessão de incidentes menos bons tem levado a que eu me tenha retraído na perseguição de um sonho. O de sair do meu país natal, que entretanto se me tornou tão aziago.

Tenho de dar esse decisivo passo que tanto tenho adiado.

Queria muito voltar a lugares onde já fui muito feliz. A reunir-me, nem que seja uma última vez por breves instantes, com aquela sobre a qual cresceu-me a convicção de que nasci para ela.

Mas desconfio que embora questa donna è molto mobile, a sua derradeira e definitiva vontade é de que essa reunião das nossas almas e corpos não se produza mais nesta presente existência nossa.

Tal não me impede de lhe desejar toda a felicidade deste mundo, com esta sua bem clara escolha.

Mas eu também quero e acho que mereço ser feliz. E hei-de sê-lo. Ou até já o sou, e não tenho podido sempre dar-me conta. Apesar desta sequência de azares.

Dizem que depois da tempestade vem a bonança. Mas se calhar não vou esperar mais o fim da borrasca para começar uma vida nova.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

• Com o diabo no corpo

Tenho a felicidade imensa de ter uma boa amiga com quem posso ter os diálogos mais livres, francos e divertidos que se possa conceber. E hoje não resisto a partilhar as palavras queridas que ambos trocámos há instantes.

Esta minha boa amiga é uma guerreira. Que tem estado a lutar contra aquela doença terrível que obriga a violentos tratamentos clínicos e a remover partes do nosso corpo.

É também uma mãe-coragem que cuida de seus dois filhotes quase sempre sozinha.

E é uma alma pura que me ajuda a purificar a minha própria alma com o contágio que a nossa amizade de já longos anos me proporciona.

Entre nós todas as manifestações de humor são possíveis e bem vindas, desde o princípio da nossa interacção no ciberespaço. Onde sempre esteve e talvez estará. Porque há um oceano que nos separa. 

À beira do qual eu me encontro tantas vezes. E o contemplo junto com os olhos dos viajantes que comigo andam, diariamente. Sabendo bem o que há para lá da linha do horizonte.

Hoje recebi desta minha amiga uma das suas muitas mensagens no WhatsApp. Um pequeno video fofinho para nos recordar a nós humanos como os aninais nossos amigos nos têm tanto a ensinar em matéria de afectos.

E com o diabo que desceu em mim de imediato resolvi aproveitar a deixa para devolver algo jocoso à minha maneira a esta amiga guerreira. Algo que está mostrado na captura de écran do meu telefone móvel acima.

Algo que é uma costumeira private joke só nossa. Minha e dela. Aquela parte do cachorro é uma longa e antiga história.

Mas não contente com isto, vai de apimentar ainda mais a minha provocação a ela. Como se mostra nesta outra captura de écran

Talvez nem com aquela criatura que eu mais amo nesta terra poderia ter este tipo de troca de miminhos. Até porque it’s so funny how we don’t talk anymore. Mas gostaria que tal fosse possível, sim.

Aliás, gostaria que fosse sempre possível com todo e qualquer ser humano especial que de mim se vai aproximando e me valoriza com a sua amizade e carinho.

Amizade e carinho de que não me posso queixar da sua falta ao longo destes últimos anos desta minha actual existência. Quer vindos do mundo virtual, quer dos viajantes a quem sirvo com a minha expertise nos locais idílicos do meu país aonde os levo amiúde.

Tenho sido um diabinho com muita sorte…  ;-)

sexta-feira, 18 de maio de 2018

• Pessoa

Mão amiga que vive dias difíceis fez-me hoje aparecer diante da vista algumas citações de Fernando Pessoa…

Acho incrível como alguém tão iluminado como ele conseguiu viver aqui em Lisboa, a minha cidade natal, em meio a toda esta grassante irracionalidade… Ou melhor dito, não pormenorizemos apenas Lisboa. Falemos antes deste planeta inteiro, a casa dos humanos.

E por falar em casa, hei-de visitar a casa com o seu nome um dia destes. Talvez consiga vislumbrar lá dentro alguma espécie de luz. 

Ou talvez não… É que eu posso afirmar de mim o mesmo com que ele se descreveu numa simples linha:

“Sou quem falhei ser”
 - Álvaro de Campos
(heterónimo de Fernando Pessoa)

O que nos vale a todos é que ele nos deixou as chaves para entender qualquer dúvida existencial que nos surja pelo caminho nesta vida e neste terceiro calhau a contar do Sol. Onde eu desconfio que tenho andado a finjir que vou vivendo.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

• Mein Schloss ist fertig*

Vivo desde há cerca de um ano e meio a esta parte um período de relativa calmaria nesta corrente existência terrena minha. E quero hoje celebrar e agradecer ao universo esse facto neste bloguezinho.

Tenho sido feliz de um modo geral. E não tenho sentido grandes carências. As minhas necessidades básicas e até menos básicas da famosa Pirâmide de Maslow estão satisfeitas por ora.

Mas há ainda algo, um pequenino detalhe, uma minúscula coisita que eu sigo ambicionando e sonho poder proclamar um dia destes. Justamente um sonoro “Mein Schloss ist fertig”. Assim me continue a acompanhar a boa fortuna.

Fertig, ou seja, pronto. Pronto para me acolher; pronto para reunir lá as minhas tralhas, que basicamente é a minha pequena biblioteca pessoal; pronto para hospedar amigos que serão provenientes de todas as partes deste mundo, dentre essa gente singular que são os couchsurfers; pronto para ser o base camp ideal para todas as longas viagens que ainda quero empreender…

…e ainda e sobretudo pronto para ser o ninho de amor da que será a minha lifetime partner, a que já é ou a que será a eleita del mio cuore et moi-même.
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* “O meu castelo está pronto”, em alemão.

Para escutar uma banda sonora original relacionada con esta publicação de hoje, faça clic aqui.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

• Pasiones

Hay una persona en este mundo entero que si me dijera que me quería de nuevo, que necesitaba de mí a su lado otra vez, me tendría a sus pies en menos de 24 horas.

Pero si yo conozco su alma bellissima pero inflexible, no dirá jamás tales cosas.

No quiero vivir sin una pasión, sin embargo. Porque eso no sería vivir.

En esta fase de mi existencia tengo casi todas mis necesidades satisfechas. De facto casi todas, excepto una mui importante. La de querer dedicarme a alguien. Pero nadie me elige ...

Yo siento que tengo la capacidad de ser el hombre más compañero de su mujer que en este planeta exista. Pero nadie me escogió de una forma determinada y decisiva. Todavía nadie.

Voy a pasar a dedicarme más a otra mi pasión antigua: la fotografía.

Yo tengo ese don de ver, de descubrir, de revelar la belleza escondida dentro, en lo más profundo del alma de cada ser humano especial. Y voy a querer sacar aquellas fotos que nadie más logró.

Teniendo como algunos modelos deseables de seguir las fotos que aquí reproduzco. Y la belleza también presente en el videoclip con el enlace abajo.
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Para escuchar una banda sonora original relacionada con esta publicación, haga clic aquí.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

• Một số ngày*

Even if some of these few things are today seen as mistakes.

I wish my life to be filled of lots of these big mistakes, from now on and until my last whisper.
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* “Some days”, in vietnamese.

To listen to an original soundtrack related to this post, just click here.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

• Owinięty w koc*

Nie chcę, żebyś była tylko moją żoną. Lub ja tylko twój mężulek**.

I want the two of us to become as one.

I want the two of us to live to one another. To always walk hand in hand. To always have this common will to never be apart from one another. No more than a couple of hours.

I want to have this homesick feeling very quickly as when I am just starting a trip to anywhere whatsoever. I want to wish to be back soon close to you. Back to any place we call home.

Back to do nothing by your side. Back to lay down cuddling with you on a couch. Or just sit next to you, feeling safe that you are close enough to stare at those dazzling eyes of yours.

Doing nothing with you can be great. As well as sweating while cleaning our whole house. Going to a theatre to watch a movie is as great and fun as going to the supermarket to buy our groceries.

And cooking together like a perfect duet… And eating our freshly made hot meal… It’s just another way, a way of ours of making love.

The same for traveling together. On a bus, on a commuter train, on the subway, on a ferry, booking a hotel for the night, having a meal on a restaurant, taking photos of new places… Even waiting on a boarding room. In all these moments we make love.

As long as we are together we make love. We don’t need a room, we don’t need a bed, we don’t need to have sex. We make love while walking together on a park, each one of us distracted by different subjects or sceneries.

Because we are always holding hands. And sometimes one of us stops, each one at a time, and we start a bear hug. And we kiss each other.

Do you wish to have all this once again? In a new and improved way? Or for the first time in your life?…

I’m already here, sitting pretty, waiting for you. How about you? Are you coming to join me? Or do you want me to go and join you there, in your limbo?…

And, by the way… Do I know you, girl? Are you still the same one? Or have you changed?…

Me, I’m always changing a bit. At least I hope for the better. But I wish you would make me stop changing, because of you.

Let’s not miss any other sunset together, for the rest of our lives. I dream of us one day watching it wrapped on a blanket.
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* "Wrapped in a blanket", in polish.

** “I don’t want you to be just my wife. Or me just your hubby.”, in polish, as well.

To listen to an original soundtrack related to this post, just click here.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

• O vazio

O ano mudou. E depois de toda aquela excitação artificial por tão simplesmente trocarmos de calendário de parede, os pobres dos humanos parecem agora em letargia nesta primeira lua do novo ano.

Encontro-me no planeta Terra. Num pequeno país não muito notado e por isso, mais tranquilo que outras potências a nível global. É dia 4 de Janeiro e eu não tenho nada que fazer.

Para ver se me distraio um pouco, pesquiso como anda a oferta local de entretenimento. Os dias quedam-se algo cinzentos e chuvosos. Faz algum frio mas nada de extraordinário como noutras paragens do hemisfério norte deste planeta. E isto convida-me a ir ao cinema.

Mas não há em cartaz nada de aliciante. Nada. Nadinha mesmo. Tanto assim que me vejo forçado a ir assistir a mais um prolongamento de uma saga que já nada me diz. A mais um filme Star Wars.

Onde já nada se aprende. Onde já só nos divertimos ao de leve com alguma criatividade em fantasy art. Onde o argumento pode ser o que quer que se queira, que já não faz diferença nenhuma.

Mas vá lá, sempre são duas horinhas em que nos deixamos hipnotizar. Para depois sentir aquele agradável torpor da volta à realidade. Após o fim da projecção do filme, o lento acordar e o forçoso abandono da sala escura onde estivémos sentadinhos em transe e o regresso ao meio da multidão a deambular pelas ruas feias.

Uma sensação de vazio invade-me. No pasa nada hoje em dia neste terceiro calhau a contar do Sol que me interesse. E não vislumbro o que pode vir a acontecer muito em breve que altere o meu sombrio estado de espírito.

A não ser que haja um milagre. Aquele milagre. Aquele terrivelmente improvável, hélas...

Comparo os meus dias aos do Luke Skywalker no seu retiro inóspito. Habitando aquele antigo e rústico mosteiro do séc. VI em Skellig Michael*, que representa na perfeição o que seria o ambiente e a vida árdua num qualquer bem pouco convidativo planeta duma galáxia distante.

Há momentos em que julgo que não me ralava nada mesmo de ser um eremita assim como aquele guerreiro Jedi de pacotilha…
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* Pequena ilha apegada a outra maior, a verde Irlanda, no seu cantinho sudoeste.