segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

• Một số ngày*

Even if some of these few things are today seen as mistakes.

I wish my life to be filled of lots of these big mistakes, from now on and until my last whisper.
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* “Some days”, in vietnamese.

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

• Owinięty w koc*

Nie chcę, żebyś była tylko moją żoną. Lub ja tylko twój mężulek**.

I want the two of us to become as one.

I want the two of us to live to one another. To always walk hand in hand. To always have this common will to never be apart from one another. No more than a couple of hours.

I want to have this homesick feeling very quickly as when I am just starting a trip to anywhere whatsoever. I want to wish to be back soon close to you. Back to any place we call home.

Back to do nothing by your side. Back to lay down cuddling with you on a couch. Or just sit next to you, feeling safe that you are close enough to stare at those dazzling eyes of yours.

Doing nothing with you can be great. As well as sweating while cleaning our whole house. Going to a theatre to watch a movie is as great and fun as going to the supermarket to buy our groceries.

And cooking together like a perfect duet… And eating our freshly made hot meal… It’s just another way, a way of ours of making love.

The same for traveling together. On a bus, on a commuter train, on the subway, on a ferry, booking a hotel for the night, having a meal on a restaurant, taking photos of new places… Even waiting on a boarding room. In all these moments we make love.

As long as we are together we make love. We don’t need a room, we don’t need a bed, we don’t need to have sex. We make love while walking together on a park, each one of us distracted by different subjects or sceneries.

Because we are always holding hands. And sometimes one of us stops, each one at a time, and we start a bear hug. And we kiss each other.

Do you wish to have all this once again? In a new and improved way? Or for the first time in your life?…

I’m already here, sitting pretty, waiting for you. How about you? Are you coming to join me? Or do you want me to go and join you there, in your limbo?…

And, by the way… Do I know you, girl? Are you still the same one? Or have you changed?…

Me, I’m always changing a bit. At least I hope for the better. But I wish you would make me stop changing, because of you.

Let’s not miss any other sunset together, for the rest of our lives. I dream of us one day watching it wrapped on a blanket.
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* "Wrapped in a blanket", in polish.

** “I don’t want you to be just my wife. Or me just your hubby.”, in polish, as well.

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

• O vazio

O ano mudou. E depois de toda aquela excitação artificial por tão simplesmente trocarmos de calendário de parede, os pobres dos humanos parecem agora em letargia nesta primeira lua do novo ano.

Encontro-me no planeta Terra. Num pequeno país não muito notado e por isso, mais tranquilo que outras potências a nível global. É dia 4 de Janeiro e eu não tenho nada que fazer.

Para ver se me distraio um pouco, pesquiso como anda a oferta local de entretenimento. Os dias quedam-se algo cinzentos e chuvosos. Faz algum frio mas nada de extraordinário como noutras paragens do hemisfério norte deste planeta. E isto convida-me a ir ao cinema.

Mas não há em cartaz nada de aliciante. Nada. Nadinha mesmo. Tanto assim que me vejo forçado a ir assistir a mais um prolongamento de uma saga que já nada me diz. A mais um filme Star Wars.

Onde já nada se aprende. Onde já só nos divertimos ao de leve com alguma criatividade em fantasy art. Onde o argumento pode ser o que quer que se queira, que já não faz diferença nenhuma.

Mas vá lá, sempre são duas horinhas em que nos deixamos hipnotizar. Para depois sentir aquele agradável torpor da volta à realidade. Após o fim da projecção do filme, o lento acordar e o forçoso abandono da sala escura onde estivémos sentadinhos em transe e o regresso ao meio da multidão a deambular pelas ruas feias.

Uma sensação de vazio invade-me. No pasa nada hoje em dia neste terceiro calhau a contar do Sol que me interesse. E não vislumbro o que pode vir a acontecer muito em breve que altere o meu sombrio estado de espírito.

A não ser que haja um milagre. Aquele milagre. Aquele terrivelmente improvável, hélas...

Comparo os meus dias aos do Luke Skywalker no seu retiro inóspito. Habitando aquele antigo e rústico mosteiro do séc. VI em Skellig Michael*, que representa na perfeição o que seria o ambiente e a vida árdua num qualquer bem pouco convidativo planeta duma galáxia distante.

Há momentos em que julgo que não me ralava nada mesmo de ser um eremita assim como aquele guerreiro Jedi de pacotilha…
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* Pequena ilha apegada a outra maior, a verde Irlanda, no seu cantinho sudoeste.