quinta-feira, 23 de junho de 2011

• This is Walter Black

Walter Black é um homem bom.

Um bom pai, um bom esposo. Um homem capaz de ter sonhos. Mas também um pobre dum loser. Um tipo compulsivamente deprimido. Até ao dia em que a sua vida muda. De uma forma inusitadíssima.

"The Beaver", um filme mais que magnífico. Uma lição para todos nós. Uma história em que eu próprio me revi.

Um dia, no meu passado recente, em que me encontrava particularmente deprimido, eu tive a visita do "meu castor". E escrevi sobre essa experiência vivida a solo pela alma minha neste mesmo blog. Foi neste post. Fiat Lux.

Por isso, chorei como uma Madalena durante a sessão de cinema onde assisti a este filme. Com a minha filha como testemunha. E mais, com ela a secundar-me nos deslumbres provocados por esta história encantadora e pelas sublimes interpretações dos actores dela. De todos sem excepção, mas sobretudo a de Mel Gibson.

É pungente aquela parte em que Walter Black se põe a filosofar em entrevistas em programas de televisão de audiência máxima. E ainda aquela em que se debate contra o fantoche de castor que o domina, para deste se libertar.

Um homem grande, este aussie. Acho que é por admiração e em homenagem a ele que eu emprego o vocábulo anglo-saxónico "mate" nos meus blogs.

Poderão ver o trailer deste filme no seu site oficial, com o link para este já colocado acima, ou directamente aqui. Ou ainda aqui.

Uma jura final que eu farei a mim próprio: eu desejo para mim poder conseguir evoluir na minha vida com a dignidade das rugas do Mel Gibson.

domingo, 19 de junho de 2011

• I hate the way you speak truth

Há verdades que nos ferem com a dor de punhais cravados no peito.

E ferem-nos mais ainda quando nos parecem muito insofismáveis. Como esta, que bem poderia ter saído dos lábios pintados desse refinadíssimo sofista do captain Jack Sparrow.

Ouço bastas vezes o comum dos mortais proclamar que odeia a falsidade e a mentira. Pobres mentes pequenas, as vossas que isto dizeis... eu cá convivo cada vez pior é com a suposta verdade.

Eu aprendi que o ser humano mais puro que possamos imaginar sempre mente.

E mente porque começamos por mentir para nós próprios. Quando estamos apaixonados. O Amor é um habitat onde a verdade não mirra. Só a ilusão.

Adoro hoje em dia uma canção da Rihanna, em que esta querida fala candidamente que "I love the way you lie".

No Amor só há mentira. O Amor não é um território seguro. Não há pés bem assentes na terra no Amor. E quem quer amar tem de saber existir nessa imponderabilidade.

Odiar a mentira é fecharmo-nos ao Amor. É ter medo de anar. Porque se é segurança que desejamos sentir, então não é no Amor que deveremos passear.

No Amor é preciso saber estar com o falso. Saber ler as suas translúcidas entrelinhas. Nada nos vai ser dado no Amor como absolutamente garantido. Somos nós que temos de descobrir tudo. Nenhuma verdade nos vai ser dada de bandeja.

Eu já não acreditarei nunca mais em quem um dia diga me amar. Porque quem eventualmente soltar tal impropério, poderá antes de tudo estar a mentir para si próprio. Porque para si quer acreditar estar a ser capaz de amar. E só circunstancialmente eu possa ser o objecto desse alegado sentimento. Como outro qualquer o poderia ser também. Só que o acaso fará com que seja eu que estarei mais à mão no momento.

É isso. Não creio mais em quem me ame. 

Mas acredito piamente em quem diz gostar de mim. Mesmo que o diga que muito.

If you want safety, choose friendship, not love.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

• Gli mani

As mãos. As minhas. As outras. Tocam. Falam. Dizem. Mimam.

As mãos são maquetas dos nossos corpos. Representam-nos. Notem, caros leitores, que tantas vezes, com os dedos indicador e médio imitamos nossos dois membros inferiores. A andar. Ou estáticos.

Como nesta pequena foto que, como se costuma dizer, mão amiga* - e marota - me enviou um dia por MMS. Onde estes dois dedos seguram uma mecha de cabelo moreno.

As mãos de todos nós, além de serem miniaturas dos nossos seres carnais, devem até ter alma própria. Falo por mim, claro, pois as minhas bastas vezes interagem com outras de uma forma que julgo escapar ao meu controlo. Àquilo que o meu estado de consciência deveria ordenar-lhes fazer.

Como se estivessem em modo piloto automático. Ou então telecomandadas por seres divinos. Para os quais as minhas mãos serão meros instrumentos das suas vontades.

Mas tudo isto, afinal, para tão-só te perguntar se... não sei se consegues sentir a profundidade da minha amizade por ti, quando a tua mão eu pego com a minha e a levo aos lábios meus.
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* Nunca este lugar comum, "mão amiga", foi tão adequadamente usado por qualquer outro mortal meu semelhante.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

• Thank you

Obrigado, deusa azul, para quem eu pouco mais sou do que uma abstração, um simples amigo virtual, por me teres "desejado coisas boas com muita força! :)))))))))))))))))))))))))))"
Por me desejares ver bem.

Obrigado a ti também, A. amigo, por sempre te preocupares comigo, por quereres saber se eu estou bem. Eu estou. E quero-te bem a ti também. Para sempre.

Grazie, more, per fare il sogno mio essere diventato possibile di nuovo. Per la forza della fede in me che me hai speso cosi bene.

Merci, ma petite sorcière, par la prémonition donc tu as été le facteur. Et pour notre histoire à nous.

Obrigado, Morgana. Sei que deves rezar por mim, e não pouco, minha irmã de todos os tempos.

Obrigado também a ti, "Chiinda", pela maravilhosa paternidade que juntos tivémos. O melhor legado que da minha vida já fiz a este mundo e nele deixarei.

Obrigado, "seara de trigo", por me teres cativado e pela esperança renovada no Ano Novo. A vida é bela...

Obrigado, Suely, por me recordar que eu sou um ser humano bom. Eu não esqueço de me recordar de si, também.

Спасибо всем, вы, ребята, Машенька, Ирина, Наталья, Светлана, Анастасия и Людмила, за предоставленную мне сладкие иллюзии.

Спасибо. Спасибі. ありがとう。 Hvala. Gracias. Terima kasih. 감사합니다. Dziękuję. Tak. ขอบคุณ Salamat sa inyo.

Obrigado a todos(as) que me ensinaram tanto com o que nos vossos blogs escrevem, acto libertador supremo para vós, que aos outros, como eu, depois fornece luz. E também com os vossos sempre gentis comentários nos meus próprios blogs.

Obrigado a todas aquelas pessoas minhas amigas no Facebook que com suas palavras me deram o seu beijito em minha testa ou me abraçaram. E até àquelas que me fustigaram. 

Eu não vou jamais cansar de repetir p'ra mim e gritar p'ro mundo inteiro: eu tenho a melhor lista de amigos de todo o Facebook. A melhor mesmo.

Sou um homem melhor hoje, graças a todos vocês, e o mais feliz deste mundo. Obrigado neste dia que gostaria de sentir como meu também, que sou uma eterna criança.