terça-feira, 3 de junho de 2025

• Sobe, sobe, balão sobe...

Foi preciso vir viver para esta bendita terra, Torres Vedras, para ter o meu baptismo de vôo em balão de ar quente. Evento que ocorreu num belo domingo de primavera no Parque da Várzea.

E aqui estou euzinho, na foto ao lado, com esta minha provecta idade de sessenta e quatro outonos.

Em boa verdade, foi como subir num elevador até à altura dum quinto andar, no máximo. Mas já deu para sentir o mesmo gostinho que terão tido um dia longínquo os irmãos Mongolfière.

E felizmente graças aos deuses que não aconteceu um episódio desastroso como o da Passarola do padre Bartolomeu de Gusmão… 

sábado, 24 de maio de 2025

• Whatever...

If they say so… But even if it was not, I think if a man truly loves his other half he should be doing everything he can for her that she will be demanding from him. And worship in her all women in this planet.

sábado, 26 de abril de 2025

• Torres Vedras

Estou a colocar alguma distância entre mim e a área metropolitana de Lisboa. Já vivi na capital até aos meus 8 anos e sempre lá estudei no ensino secundário e na universidade. Grande parte da minha vida foi gasta nos arrabaldes, no concelho de Odivelas. Ainda vivi quase um ano inteiro em Loures. Mas agora...

Em Janeiro deste ano mudei-me para o Oeste, para a região de Torres Vedras. Em boa hora.

Passo os meus tempos livres entre esta cidade e a praia de Santa Cruz. Habitando a meio caminho entre ambas, na pacata aldeia de Ponte do Rol, ou em inglês, Bucket List Bridge.

Estas terras por onde se vislumbram vinhedos a perder de vista, parecendo que isto é uma zona de monocultura, ainda escondem muitos segredos e hidden gems.

Não compreendo por exemplo porque um lugar como o Castro do Zambujal não é mais conhecido de todos nós, portugueses.

Não compreendo porque a Rota Histórica das Linhas de Torres parece despertar mais interesse em forasteiros, sobretudo entre os britânicos, do que em nós, portugueses.

E a tranquilidade que aqui se vive… E a qualidade de vida que exala dos povoados daqui…

Oxalá os nacionais não descubram tão cedo como é bom habitar neste cantinho.

quarta-feira, 26 de março de 2025

• Until

Eu diria que bastaria viajar com outra pessoa e já não seria necessário também viver com ela. Mas de facto há alguns factores que se jogam enquanto somos nómadas que não são os mesmos enquanto somos sedentários. Enquanto viajamos não temos que cuidar duma casa que é o nosso ninho de amor. Só cuidamos de nós mesmos.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

• Ponte do Rol

O destino fez com que eu viesse bater com os cotos a esta terra. À aldeia de Ponte do Rol. Sede da freguesia com o mesmo nome, no concelho de Torres Vedras.

A priori tinha outros planos. De vir viver mais perto do mar, em Santa Cruz. Mas aqui creio que também não estarei mal de todo. E que até terei chances de vir a ser feliz por cá.

Com alguma probabilidade esta minha actual existência vai doravante fazer de mim um saltimbanco. Alia jacta est.

sábado, 11 de janeiro de 2025

• O meu superpoder

Ultimamente tenho andado a perder tempo no Threads. Nessa relativamente recente rede social, que está intimamente ligada ao Instagram. E ontem li um post que não queria ter lido…

Uma senhora partilhou com a web inteira que na sua passagem de ano, há uns dias atrás, vestiu-se de várias camadas de roupa - que nem uma cebola, nas suas palavras - e subiu a um ponto alto para observar os fogos de artifício à meia-noite.

Até aqui tudo bem. Mas no seguimento da sua curiosa história ela confessa que naqueles momentos chorou.

Tudo nos leva a julgar que chorou porque estaria sozinha. E eu apetece-me chorar porque ela chorou.

Talvez também chorasse porque estaria mentalmente a fazer um balanço do ano que findava. As nossas vidas passam muito depressa, um ano mal debuta e de repente vemo-lo a encerrar-se. E nós temos a sensação por vezes que desperdiçamo-lo totalmente. 

Imagino o número de pessoas sós como ela que também terão chorado naquela ocasião por este mundo inteiro.

Ocorre-me pensar ao de leve e pateticamente por esta altura do campeonato que quiçá eu detenha um mui ilustre superpoder: o de fazer com que as pessoas parem de chorar.

Mas não o exerço. Porque as pessoas não me conhecem. A minha fama não me precede. Aliás, não há fama nenhuma. Sou um deus no maior anonimato.

E há tanta alma porventura lindíssima, como a da senhora que relato, que poderia usufruir do meu superpoder… Mas eu não chego a essas carências de receber. E nem logro aplacar a minha carência de me dar.

Bom, eu e o meu superpoder, creio que estamos destinados a ser duma só alma lindíssima. Que eu até suspeito quem seja. Mas se o fosse de toda a humanidade?… Porque não, caramba?… Que mal haveria nisso?...