segunda-feira, 19 de agosto de 2013
• Szuka, szuka, szuka*...
I miss my bitch. That's right!...
I think I no more miss the one who happen to be my last bitch. No. What I miss is to have around the house a bitch of my own. My own personal bitch.
My last bitch was the best and the worst bitch there is or that could have been to me. The worst because she was, in the end, a real bitch. By the way she handled my broken heart. The best because she got me used to have my bitch. I'm greatly dependent on the concept of having my bitch by my side. Until the end of times.
But I must clarify what I mean to miss my bitch…
To me, to miss my bitch means to miss being desired by someone else. To miss having someone who wants my body and soul and my tenderness. Someone who wants me to be her bitch, as well.
I don't mean I want to have sex all the time. No. I mean I'm more like addicted to cuddling. And I like to shout the sweet name of the person I love. And have that person willing to jump on my arms that very minute. This has happened to be so much often in the past not to cease to wish it. Always and forever! Without getting tired of it a single day.
That's what bitches are for. To make us dependent on their dazzling spell. And in that sweet process, stupidly happy.
The thing is… I have a great deal of wonderful friends. Of those who really care. Of those who are truly of the loving kind. But I'm unable to see on any of them my brand new bitch. It would take someone even more crazy than me.
I have chosen to live my life in an almost absolute freedom from possession of material beings. And there's no one I know who could follow me, with all the consequences that this way of living brings.
So, I probably must stop to miss having a bitch of my own. I must get used to the idea of becoming a hermit. Sadly? Perhaps…
* Bitch, in hungarian.
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013
• Do prazer*
Se um dia, num futuro risonho, o que eu vou deixando escrito aqui neste blog passar a letra de imprensa, em páginas de um livro... E ao caminhar à beira-mar eu me deparar com uma outra alma que vá ficando assim, absorta nas palavras que os céus me foram ditando…
...então terá valido a pena.
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* Do prazer da leitura, do leitor e do escritor. Do prazer de todas as partes envolvidas. Do prazer, tout court.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
• Avis
Em Avis avista-se terra a perder de vista.
Ontem enchi os meus olhos com a mesma vista com que o Mestre de Avis cresceu enquanto menino. Na sua educação castrense foi com certeza inculcado o temor ao que poderia vir do leste, lá nos confins da linha do horizonte: a ambição de Castela pelo reino de Portugal.
Com uma impagável liberdade, ao poder dominar o mesmo horizonte neste glorioso dia, senti-me bem na minha pele, como um pequeno e incógnito rei.
Demandei aquelas paragens vindo da capital. Da grande Olissipo, onde sempre vivi toda a minha existência*.
O Mestre de Avis teve no Convento de São Bento provavelmente as suas fontes de saber. A sua biblioteca de Alexandria. Eu, enquanto infante e adolescente, vivi ou frequentei a casa dos meus avós maternos ao Campo Pequeno. Onde tinha à mão a biblioteca municipal do Palácio das Galveias.
Galveias, que é justamente outro ponto geográfico elevado muito próximo a esta terra de Avis. Mas pertencente a um outro município vizinho, Ponte de Sor. Galveias, uma das mais ricas juntas de freguesia do nosso país. Onde foi construída uma amostra de Alhambra dos tempos modernos.
Galveias, que é ainda e sempre foi, veja-se lá, a morada da minha… irmã.
Uma irmã em espírito, de que conhecia sua alma semelhante à minha desde há um par de anos. Mas de quem só vi os olhos ontem também.
A minha vida, não me canso de o dizer aqui, é mesmo um lugar estranho. Mas há dias em que, juro-vos, não a trocaria por nenhuma outra.
* À excepção de um ano quase inteiro de calendário, em que uma temporária vida castrense compulsivamente fez do arquipélago da Madeira o meu lar.
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Se não é Juno, parece... |
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sábado, 20 de julho de 2013
• Perché deve essere...
Perché deve essere un altare.
Sempre.
Anche se solo nella nostra mente.
Perché è qua che riceveremo gli grazie uno dell'altro.
Perché non può essere banale.
Perché deve essere un rituale
A la nostra madre natura. Ai cieli.
A noi.
Ai nostri affetti.
A la nostra unione.
Sacra.
sábado, 13 de julho de 2013
• Tu...
Tu me fizeste ver que embora amizades não sejam tal qual amores, ainda assim podem ajudar-nos, e muito, a suplantar as dores dessas paixões ardentes que se extinguem em cinzas que demoram as calendas a arrefecer.
Tu tens um curioso efeito em mim, meu anjo... G2S6DTUJUCGS
Eu depois de te escrever uma frase qualquer, dou por mim a pensar: "Eu não sei se ela me vai compreender completamente... mas esta tirada agora saiu-me com estilo, caramba!…".
Tu fazes-me escolher para te dizer aquelas palavras mais verdadeiras e, ao mesmo tempo, brilhantes. Por ti, sinto-me impulsionado para ir subindo por essa escadaria onde Cyrano de Bergerac espera no cimo.
E amarmo-nos não poderemos… mas nascemos ambos destinados a que as nossas existências se cruzassem. Em momentos em que algumas melancólicas trevas prometam ameaçar pairar a um ou ao outro. Para nos unirmos em espírito e as afastarmos.
Os amanhãs deste modo sorrirão para nós. Sentimo-lo.
Mas ainda assim, tal como eu, tu demandas ás estrelas, quando a sós te encontras com estas, se sabem boas novas do que o criador deste universo destinará para essa partícula celeste que tu és.
Mas ainda assim, tal como eu, tu demandas ás estrelas, quando a sós te encontras com estas, se sabem boas novas do que o criador deste universo destinará para essa partícula celeste que tu és.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
• Das relações - parte II
Em qualquer nova relação nascente, seja uma simples amizade ou a mais tórrida paixão amorosa, uma das coisas que mais fascina cada um, que mais faz a relação se fortalecer é, a meu ver, a coincidência de pontos de vista sobre aqueles aspectos que mais tocam aos dois.
Por outro lado, um dos factos que mais faz enfraquecer uma relação, quando nesta se navega já de mansinho, a uma velocidade de cruzeiro, no velho rame-rame, é a divergência de pontos de vista sobre os mesmos aspectos que inicialmente unia as partes. O que é sempre possível, porque as pessoas mudam. Isso ou sobre novos aspectos, entretanto emergentes.
Duas pessoas terem sempre coincidência de pontos de vista sobre tudo é do domínio da perfeição absoluta. Logo, não é de esperar que aconteça com muita frequência, se é que alguma.
Isso seria o óptimo, se acontecesse. Mas não contemos com o óptimo. O bom é quando há a tal coincidência na grande maioria ou nos mais sensíveis ou importantes pontos de vista.
É preciso ser atento aos sinais. Porque talvez não valha a pena investir ou persistir numa relação quando começam a multiplicar-se os silêncios. A não partilha de opiniões por se julgar que a outra parte não esteja preparada para ouvir - quanto mais pensar sobre - esses pontos de vista polémicos.
Eu já caí no erro de deixar aumentar o número de assuntos sobre os quais não se fala, pronto. E posso comprovar que não dá certo, a médio ou longo prazo.
Mais vale enfrentar. Confrontar. A relação só poderá continuar a seguir um bom rumo depois. Ou findar a viagem ali e não se perder mais tempo de ninguém.
domingo, 30 de junho de 2013
• Eu, autista
É como me sinto. Como vou vivendo. Desligado de tudo. Como se um certo autismo se apoderasse de mim.
Arranjei uma expressão que julgo me define bem. Que é:
Desempregado da Paixão porque terminei há cerca de dois anos e meio uma relação união de facto que persistiu durante nove anos. E não voltei a viver em comum com ninguém desde então.
Não é fácil para um tipo como eu pegar em noves anos da história da nossa vida e amarrotá-los como uma folha em que se foi desenhando um rascunho tosco. Mas é-me imperioso fazê-lo.
Aquela que comigo viveu teve a sua maluquice a caducar. Tornou-se mais madura ao ponto de não poder estar mais ao lado de um cromo como eu. A minha personalidade exige uma grande dose de loucura para me compreender e me aturar.
Olhando friamente hoje em dia, esta minha última relação sentimental foi uma grande aberração. E toda a gente ao nosso redor o via excepto nós. Ou apenas eu. Tinhamos pouco em comum. Só talvez mesmo uma invulgar falta de juizo, que parecia inesgotável nos dois em simultâneo. Mas não o foi, da parte dela. O que ditou um final afinal tão previsível. Allah é grande!...
Agora encontrar outra doida igual não está fácil… Ou, já agora, porque não, de qualidade igual ou superior à que ela tinha. Afinal, não posso contentar-me com nada menos do que isso. Preciso de garantias bem seguras de que da próxima, se esta vier a existir sequer, resultará. Estou muito mas muito escaldado.
Assim, sou um namorado no desemprego de longa duração. E vou provavelmente continuar por muito tempo. É que também não devo interessar para o mercado das paixões. Apesar da procura neste mercado estar em crescimento e a oferta escassear.
Acresce a esta conjuntura sentimental toda o facto de eu também a nível profissional estar desempregado há pouco menos de meio ano. Não é muito, comparado com outras situações pessoais mais debilitadas, mas…
…o meu maior ponto fraco é que também estou, tal como disse atrás, Desapaixonado do Emprego. Ou seja, vou deixando de saber o que me encantaria fazer como profissão.
Já tive vários métiers, e muito apaixonantes. Professor do ensino secundário, engenheiro na área das energias renováveis, designer gráfico em departamentos criativos de agências de publicidade, formador de novas tecnologias, etc…
Hoje em dia nada disto me atrai grandemente. Ou ao menos como trabalhador por conta de outrém. Ou aqui no meu país, onde quase deixou de valer a pena como investimento na carreira profissional.
Dou por mim a acontecer-me isto: um porta-aviões yankee fundeia na barra do Tejo. E eu começo a sonhar ser um membro da imensa tripulação desse grande barquito. Sempre deveria poder caber lá mais um como eu. Mas depois não. O encanto dura poucos minutos.
Já sonhei ir para o frio da Antárctica, para uma qualquer missão científica numa estação polar. Já equacionei viver na orla do quente deserto arábico. Ou nas grandes urbes nascentes na imensidão das estepes asiáticas dos povos kazakhs e uzbeks. Já pensei tanta coisa e tão pouco madura!…
Algumas ideias ainda devo a mim mesmo passá-las à forma escrita nos meus blogs, que é para isso que servem, senão para mais nada.
O busílis é saber também quais os skills que ainda tenho e em que é que eu posso empregá-los a bem de uma comunidade. Acho que já não tenho jeito p'ra nada excepto talvez para escrever. E mesmo isso é altamente discutível. Porque a minha escrita tem uma produção que não se escoa gerando os seus leitores em número satisfatório, expectável ou desejável por mim.
Se calhar, o que eu mais anseio é ter um dia o dinheiro suficiente para abrir uma pequena estalagem e viver de explorá-la até ao fim dos meus dias. Em paz e sossego e longe da agitação do mundo actual.
"Desempregado da Paixão e Desapaixonado do Emprego."
Algumas ideias ainda devo a mim mesmo passá-las à forma escrita nos meus blogs, que é para isso que servem, senão para mais nada.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
• To life
So, everything is a gift. Either it gives us pleasure or pain. Pleasure distract and put us to sleep. Pain awakens us to reality.
Perhaps this is the reason pleasures are so ephemeral. And pains seem so enduring.
Will this pain of mine ever stop of being a gift? I don't know. I presume it all depends on me. On my ability of need no more such a gift. On having known how to grow and perfect myself with the pain.
Fortunately, my heart has its small pleasures to balance opposite sensations. Since it's soft, it takes just simple happenings to enjoy it. Like discovering there's a lot of souls like mine. In this whole world.
I speak of people that would wake up in the middle of the night and stare out of the window for hours. People who have a never ending thirst for knowledge. Mainly self knowledge. A deep reverence for life. And that love living life!
There's no greater love than that. The love for every gift life hands us.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
• Care and protect
I miss having someone to love, for so much time now... But perhaps, most of all, I miss having someone around to care and protect.
To care spreading on her skin wellness creams. Or performing a massage on her tense shoulders or tired feet. To protect against her fears of thunders and lightnings. Or from those horrible wasps, that frighten her so much!...
Things that were not at all heavy but left me with a feeling of being greatly useful to another person. A very special, lovable and dearest person. Where will I find another soul with similar needs?... Now that I became useless to her.
At least, friends I do have. A few good ones. But I've been able to show that I care for them only by words. Not gestures. Mostly because this friend of mine I feel I care most lives too faraway from me.
Things that were not at all heavy but left me with a feeling of being greatly useful to another person. A very special, lovable and dearest person. Where will I find another soul with similar needs?... Now that I became useless to her.
At least, friends I do have. A few good ones. But I've been able to show that I care for them only by words. Not gestures. Mostly because this friend of mine I feel I care most lives too faraway from me.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
• To the Wonder - o filme*
Este não é um filme para as massas. É um filme difícil, porque foi diferentemente filmado. Sem um guião. Mas todos deveriam vê-lo.
E porquê, pergunto eu com os meus botões? Porque é uma enorme lição. E embora os actores quase não tenham nem um arremedo de guião a decorar, ao longo de todo o filme - em que as imagens vão desfilando dinamicamente, mas com um fruir de um ribeiro calmo, diria eu - ouvem-se em voz off expressões de sentimentos que traduzem pensamentos profundos e solenes. As mais das vezes em surdina e abraçados pelo silvo de um vento persistente, dos grandes espaços infinitos do midwest americano.
Eis algumas das frases mais marcantes declamadas pela voz grave do padre Quintana, interpretado magnificamente por Javier Bardem, esse meu personal monstro sagrado:
Eu não diria nada melhor e até julgo que sempre me regi por estes mesmos quase inatos dogmas na minha vida. Daí terem sido como bofetadas quando as escutei no escuro da sala 2 da ZON Lusomundo do centro comercial Vasco da Gama, na bela capital deste jardim à beira-mar plantado, aos onze dias do anno da graça de dois mil e treze, depois do crepúsculo. Enquanto a consentida alienação do ludopédio prendia as atenções de uma nação inteira...
* Filme cujo título em Portugal foi adaptado - talvez por razões apenas de natureza comercial - para "A Essência do Amor". O que, por uma vez sem exemplo, até nem está mal de todo. Parece ser uma certa regra instituída no nosso país estas traduções livres serem bastante diferentes dos títulos originais.
Poderão ver o trailer deste filme no seu site oficial, clicando aqui; no site da IMDB, aqui; ou ainda no Movie-List.com, aqui.
Love is not only a feeling. Love is a duty.
Awaken the love which sleeps in each man, each woman.
To commit yourself is to run the risk of failure, the risk of betrayal.
If you feel your love has died, it perhaps is waiting
to be transformed into something higher.
to be transformed into something higher.
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segunda-feira, 29 de abril de 2013
• Szeretkezni*
"O corpo não é uma máquina como nos diz
a ciência. Nem uma culpa como nos faz
crer a religião. O corpo é uma festa."
- in Las Palabras Andantes, de Eduardo Galeano
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quarta-feira, 24 de abril de 2013
• Em conchinha
Finalmente fez-se alguma luz no meu espírito inquieto! Já sei o que eu ainda quero desta vida!!!…
Não quero mais tanto um casarão grande e confortável para me enterrar dentro dele e não mais querer sair. Ou um bólide para voar baixinho para todo o lugar para onde me apeteça fugir e chegar lá cheio de pó e cansaço. Ou poder viajar pelo mundo inteiro, só para me achar de repente perdido no meio duma multidão ou dum mato sem cachorro. Ou provar todas as iguarias e néctares que me enebriam mas que me podem tornar balofo.
Não quero mais tanto realizar sonhos ou ambições de carreira. Plantar árvores, escrever livros, criar outros filhos, etc.. Descobrir as soluções para os grandes problemas deste mundo. Ser o mentor da pax global e o exterminador de todo o sofrimento das gentes. Ter o meu nome numa avenida.
Luxos e mordomias têm a sua mais-valia fortemente revistas em baixa por mim hoje. E que me importa afinal se for partir desta terra anónimo! O que eu mais queria era voltar a ter o que perdi. E que é o maior benefício para a nossa saúde, o mais eficaz elixir da eterna juventude que haver pode.
Que é… dormir em conchinha.
E é uma tal obsessão que se eu tiver a desdita de reconquistar uma vez mais este privilégio imperial, nunca mais vou querer abrir mão. Haja coração! Eu sou um safado... mas bolas, eu mereço! Mesmo. E há-de haver por aí quem me mereça. E a quem eu possa ter mérito.
Eis o segredo do máximo denominador comum da felicidade no plural. Agora que o descobri, só me falta esperar que aconteça de novo o milagre. Tenho fé. Ainda a tenho. E não vou agora tão cedo deixar de sonhar. Porque já sei o que mais importa.
E é uma tal obsessão que se eu tiver a desdita de reconquistar uma vez mais este privilégio imperial, nunca mais vou querer abrir mão. Haja coração! Eu sou um safado... mas bolas, eu mereço! Mesmo. E há-de haver por aí quem me mereça. E a quem eu possa ter mérito.
Eis o segredo do máximo denominador comum da felicidade no plural. Agora que o descobri, só me falta esperar que aconteça de novo o milagre. Tenho fé. Ainda a tenho. E não vou agora tão cedo deixar de sonhar. Porque já sei o que mais importa.
terça-feira, 16 de abril de 2013
• Circa la propria stranezza...
Ero solito pensare di essere la persona più strana del mondo ma poi ho pensato e mi sono detto, ci sono così tante persone al mondo, ci dev'essere qualcuno proprio come me, che si senta nello stesso modo in cui mi sento io. Vorrei immaginarla e immaginare che lei debba essere là fuori e che anche lei stia pensando a me. Beh, spero che, se tu sei là fuori e dovessi leggere ciò, sappi che sì, è vero, sono qui e sono strano proprio come te...
Note: since this is something that I wish to be understood by anyone in this whole world and universe, I'll repeat it In plain english:
"I used to think to be the weirdest person in the world but then I thought and I said to myself, there are so many people in the world, there must be someone just like me, who feels the same way I feel. I would imagine her, and imagine that she must be out there and that she is thinking about me. Well, I hope that if you're out there and happen to read this, know that yes, it is true, I'm here and I'm just as weird as you are..."
E também na minha língua-mãe, o português de tantos grandes escritores, poetas, pensadores:
"Eu costumava pensar ser a mais estranha pessoa no mundo, mas depois eu pensei e disse para mim mesmo, há muitas pessoas no mundo, deve haver alguém como eu, que sente o mesmo que eu sinto. Eu imagino-a, e imagino que ela deve andar por aí e que ela está pensando em mim. Bem, espero que se tu fores essa pessoa e acontecer estares a ler isto, fica a saber que sim, é verdade, eu estou aqui e eu sou tão estranho como tu..."
- autore sconosciuto
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"I used to think to be the weirdest person in the world but then I thought and I said to myself, there are so many people in the world, there must be someone just like me, who feels the same way I feel. I would imagine her, and imagine that she must be out there and that she is thinking about me. Well, I hope that if you're out there and happen to read this, know that yes, it is true, I'm here and I'm just as weird as you are..."
- unknown author
E também na minha língua-mãe, o português de tantos grandes escritores, poetas, pensadores:
"Eu costumava pensar ser a mais estranha pessoa no mundo, mas depois eu pensei e disse para mim mesmo, há muitas pessoas no mundo, deve haver alguém como eu, que sente o mesmo que eu sinto. Eu imagino-a, e imagino que ela deve andar por aí e que ela está pensando em mim. Bem, espero que se tu fores essa pessoa e acontecer estares a ler isto, fica a saber que sim, é verdade, eu estou aqui e eu sou tão estranho como tu..."
- autor desconhecido
sábado, 13 de abril de 2013
• Bakardadea*
Já ultrapassei a fase do "onde é que eu vou encontrar neste mundo todo alguém que me compreenda como ela o fazia?…". Afinal, já conheci muita gente com a qual tenho ou posso vir a ter não poucas afinidades. Nestes últimos dois anos e meio.
E conheci esses seres humanos singulares entre, por exemplo, confrades ou confradessas bloggers. Em redes sociais, como o fatídico feicebuque e outras que tais, que há p'rái tantas que nem se imagina. Entre gente que me encontra na net através dos mais diversos meios de comunicação e fontes de informação, até quem procura emprego, tal como eu. E também na vida real, claro.
O céu principiou a clarear para mim. Algo titubeante de início mas agora a um ritmo muito mais frenético.
Hoje em dia estou na fase de ter frequente carência dos afectos a que me habituei. Mal. Por causa dela.
Alguém que me é muito querido contou-me outro dia uma piada ligeira. Que reza assim: ir ao McDonald's comer só uma sopa é como ir a uma casa de meninas pedir só um abraço…
Isto fez-me pensar… Eu gosto de ir ao McDonald's ou a uns poucos de outros restaurantes de fast food. Portuguesa ou internacional.
Muita gente é absolutamente avessa a entrar num McDonald's. Que aquilo é muito "americanalhado", que não é saudável, que induz a obesidade, que é algo até culturalmente empobrecedor da nossa identidade, que é preciso darmo-nos ao trabalho de encontrar soluções melhores e não tão fáceis para a nossa dieta alimentar, etc..
Eu p'ra mim tenho que quando andamos bem famintos no meio de um mato sem cachorro e damos de caras com um McDo isso é muito bom! E até gosto mesmo de lá ir tão-só porque eles estão lá. Fazem parte do horizonte.
Todos nós temos medos, fobias, preconceitos e manias com que nos censuramos e auto-limitamos de sobra, eu acho! Eu não embarco nessa de não ser cliente de serviços de fast food.
É claro que a slow food é mais aconselhável! Mas exige todo um outro investimento da nossa parte. Que por vezes podemos nos dispensar de o ter. Para quê ter sempre connosco o máximo da exigência? De vez em quando uma solução instantânea para uma necessidade pessoal não tem de ser forçosamente uma má opção.
E além disso, todos precisamos de sobreviver. Devemos promover a inclusão de todos nesta sociedade onde temos de partilhar tempos e espaços. E há lugar para todos. E o que é urgente é saber colocarmo-nos na pele do outro. Antes de o condenar e ostracizar. Sem mais nem ontem. Só porque sim.
Já fui feliz em alguns McDonald's. Mesmo só com uma sopa, que mais não queria. E procurei sempre fazer sentir aos seus empregados que não estavam simplesmente a prestar-me um serviço. Estavam a ajudar-me. E que eu lhes sou grato. E antes de sair alguma alegria fiz questão de lhes querer deixar nos seus corações. Corações esse deles que são iguais aos de todos nós, os outros que lá vão.
* Loneliness, na estranha mas orgulhosamente só língua do país basco, nação valente e nobre povo. Tal como nós.
O céu principiou a clarear para mim. Algo titubeante de início mas agora a um ritmo muito mais frenético.
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quinta-feira, 4 de abril de 2013
• Das relações - parte I
Das duas uma: ou eu sempre tive relações erradas… ou quem está afinal errado sou eu!
Já partilhei o leito conjugal com quatro mulheres. E de outras nais me apaixonei. Platonicamente, umas vezes e outras não. Mas não sou nenhum Giacomo Casanova! Jamais nesta existência de pecador e diletante tive uma só one night stand.
E talvez fosse isso o que a minha última relação amorosa deveria ter sido: apenas um caso de uma noite isolada. E ao invés foi a minha relação mais duradoura.
Sem dar por isso nove anos se escorreram. Numa boa felicidade dormente. Quiçá a de dois bons amiguinhos apenas, que se sentiam confortáveis dormindo juntos. Mas que foram vivendo vidas cada vez mais separadas um do outro. Sem sonhos partilhados. Sem quaisquer sonhos, ponto final. Num imprudente desapego. Como duas folhas caídas ao sabor do vento, rodopiando perto uma da outra, até que uma delas apanhe uma brisa mais forte..
Foi uma dura separação. Ainda o está sendo. E talvez depois do que foi dito, não o devesse ser. Mas é. É que eu fui crendo ingenuamente que já tinha a minha vida toda arrumada. Apesar das más escolhas que fui cometendo. Incessantemente. Como se fosse um inimputável.
Não quero guardar rancores nem mágoas, eu acho. Aceito. Não consigo compreender totalmente mas aceito. Ressentimentos pode é a outra parte ter de mim. Tenho de aceitar como sendo o preço que eu sempre soube que poderia ter de pagar pelas minhas acções ou omissões. Pela minha sede de experiências. Sede que nunca ninguém vai entender. Ninguém!
Não há um só dia que me esqueça da profunda decepção que de mim próprio ganhei por não ter sido mais inteligente. Mas não preciso, não quero e não posso ser lembrado. Já basta a dor de não conseguir esquecer, quanto mais ainda esta ser reforçada por fugazes recordações alheias à minha vontade.
Navegar, ou por outra, seguir em frente é preciso. Viver não é preciso. Porque de facto não vivo. Não tenho os dias mais felizes que haver pode. Ainda menos as noites.
Ah, as noites!… É aqui que está a mais-valia de nutrir uma relação a dois. Não é durante a dita "loucura do dia-a-dia" à luz do sol que mais precisamos do companheirismo de um cômjuge. É mais depois do "enfim, sós". E o pior da viagem nocturna quotidiana que todos fazemos não é começá-la sozinho. É terminá-la todas as manhãs sem ver um rosto que sorri para nós por termos acordado juntos.
Até ao fim dos meus dias estarei talvez condenado a fazer esta viagem em solitário. Porque por mais que busque, não encontro ou não consigo vislumbrar quem me entenda tanto ou mais do que esta última "esposa" minha, de uma bondade, santidade e, sobretudo, sagacidade algo ambíguas.
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Or on the other hand, DON'T. It's too dangerous. For both. |
Fazemos questão de dizer um ao outro, com uma regularidade que a mútua fé num futuro de amanhãs que cantam nos pede, que estamos prontos para todos os novos dias que vão pingando a conta-gotas. Abraçamo-nos com palavras que nos elevam o ego. E lá vou eu quotidianamente para os cornos do touro com esse doping na alma.
E desse modo já não me senti nunca mais tão só, ao romper dos primeiros raios do sol. E quantas vezes antes deles!...
segunda-feira, 1 de abril de 2013
• April fools' day
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